Cabeceira virada à nascente, dizem os entendidos que a gente deve dormir. E eu durmo, muito embora tenha acontecido sem esse propósito. Há anos, quando passei a morar onde moro, a construção, não estando ainda completa, deixava-me assistir ao romper do sol. Saudades, muitas, da vista e até do desafogo. Da varanda não dá para tal deleite, infelizmente. Na fase da vida em que estou, que acordo antes do sol nascer - se os dias estão na estação fria, como agora – seria bom assistir a esse espectáculo, é que nem a frequência com que o poderia fazer acabaria com o prazer, não ficaria corriqueiro e sensaborão, ai não não.
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