terça-feira, 31 de maio de 2022

Férias

Tenho visto o nepalês da frutaria, o dos antigamentes. Dizia-se ele de férias mas, assim, até nem parece. Férias, parece-me, é a gente ausentar-se dias e dias do lugar onde trabalha por estar, precisamente, de férias. De aspecto está este nepalês assemelhado àquele boneco dos pudins, barbicha fina e comprida, longa cabeleira (são rastas, mas oh, é o que é), que o ar oriental já lho notava eu. Não que isto tenha algo a ver com férias, mas. Entretanto percebi que tenho saudades da alegria dele, da gargalhada. Dantes eu mirava as frutas e os legumes e ia debitando pareceres com vozes que eram para mim (o típico falar sozinha, pronto) e ele ia sorrindo, rindo e por aí fora. Então e agora? Agora não. Poi zé.

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