sábado, 28 de maio de 2022

Lisboa, Lisboa

Em vezes daquelas em que acompanho o meu colega e calha de o trabalho ser no átrio do prédio, há clientes que ficam como que preocupados por eu estar ali, esperando em pé - «Oh pobre... Ah coitada...» Estar em casa deles é também ocasião para o mesmo comportamento, mas aí temos todo o conforto à disposição, há bancos, cadeiras, sofás (e até camas!) - «Sente-se. Não se quer sentar?» E eu que sim, claro, vou lá agora fazer-me de esquisita, eu não. Mas os átrios. Chegou o calor, já não custa nadinha sentar-me no cantinho da escada enquanto aguardo que modos e cotações sejam discutidos, intervenho quando sou solicitada, tipo: temos lá este ou aquele artigo? como é que está a tua agenda? Pá, isto é verdade, mas também é para dar a pala que sou bué produtiva e montes de importante. Mas os átrios. Para mim é tão corriqueiro que nem vislumbro o número de escadas de prédios lisboetas onde já joguei o cu abaixo! Sei é que são muitas, lá isso.

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