sábado, 28 de maio de 2022

Lisboa, Lisboa

De maneiras que a pessoa (que escreve neste, e este, blogue) andou Lisboa afora ali para os lados do rio, desejosa de ver um grupo de motas estacionadas perto de um bloco de cimento. Em certa altura considerei (de volta à primeira pessoa do singular) boa ideia ligar para apurar se estaria no bom caminho. O Luís disse: «Olha, quando vires um grupo de estudantes de olhos vendados, liga-me porque estás perto.» Grupos de estudantes vivendo praxes, uns e outros, avistei eu com fartura durante o comprido trajecto, respondi-lhe eu. Mas ele tornou aos olhos vendados como referência e eu continuei a procura. Minutos depois (nem revelo quantos, caraças, o que eu andei!) avistei mais! um grupo de estudantes e sim, os tomadores da tortura tinham os olhos vendados, os mandantes regiam, claro. Liguei-lhe para anunciar: «Pronto, estou ao pé dos vendados!» num tom quiçá, porventura, talvez um tanto ou quanto sonanto (é para rimar), entusiasmei-me por ter alcançado a meta, não significando porém que o deslize tenha sido ouvido. Calhando, tendo, era vendada logo ali.

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