Um dia alguém vai entrar por aquela porta e perguntar se a Gigi sou eu. Vai duvidar, achar que afinal não sou nada do que apresento no blogue. Vai dizer que sou triste e séria e que não me imaginava assim. Vai dizer que nunca pensou que a loja fosse assim, pensava que era outra coisa, doutra maneira qualquer mas nunca assim como é. Vai dizer que até sou simpática mas que pensava que eu falava pelos cotovelos, que sabe que escrevo até à exaustão e nunca pensou que fosse tão pacata. Observadora, atenta, isso sim, agora tão... apagadinha, paraduxa... não. Vai pensar que finjo, que não vejo nem vivo nada das coisas que escrevo. Vai pensar que sou uma mentira. E catrapum! Desilude-se com a minha prestação ao vivo. Vai dizer que afinal não sou nada daquilo, que sou uma mentira.
O pior é que eu sinto que sou essa mentira. Mesmo.
O leitor faça-me o grande favor de não ligar às minhas verdades. A Gigi é uma falsa e essa é a maior verdade da minha vida, da vida da Gina. A Gigi é uma falsa mas uma falsa com montes de piada, com carradas de coisas a contar, com sentimentos bons e puros. A Gigi é a mentira que eu queria que fosse verdade. Quando a Gina escreve, como agora, este blogue perde o brilho e a cor.
09/02/2011 (post original)
04/05/2017 (segunda via)
O texto acima é uma terceira via, apareceu por conta da pesquisa para construir o post anterior e deu-me apetite à (re)republicação.
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