Resta-me a tampa, guardei-a porque a acho prestável à função para a qual foi feita - tapar. Tapar por tapar pode uma tampa tapar panelas e tachos com diâmetro não maior que o seu. Falo de uma panela que a dona Maria do Céu me deu em tempos e onde, também em tempos mas mais recentes, pintei a frase 'Ó Gina escreve!', usando vernizes para unhas em cores variadas. Por alturas da doação, a Maria do Céu contou que a usava para pôr as alheiras (ou outro enchido qualquer, fui pás alheiras porque é de Trás-os-Montes que ela era). Já eu, depois de perceber que a dita não fazia uma sopa lá muito boa... Não é nada disso, é que borbulhava demasiado e cuspia gotas a ferver (por ser de esmalte, é o que presumo). Então decidi embelezá-la como referido supra e pô-la em exposição no cimo do armário da cozinha, onde permaneceu uma data de anos. No blogue há até uns quantos posts onde aparece a panela com a frase lá pintada, é coisa para ter acontecido há cinco anos (um desses posts, o primeiro, está linkado acima). Ora bem, como sabem, e se não sabem não faz mal, eu gosto de vocês na mesma, a minha cozinha anda a ser transformada, vai daí: lá foi o armário cu caraças e lá fiquei eu com o papel principal, o de decidir que destino dar à panela, se guardava para expor no armário novo (quando for comprado, em suma: quando existir), se a poria noutro lugar (qual, né? poi zé!) ou se... Punha mas era no lixo e acabava-se a conversa. E pronto, acabou-se a conversa. Contudo, antes, ainda me lembrei que podia trazê-la para o estaminé, aí guardaria, por exemplo, o rolo de fio 2x0,75 com dois condutores, juntava o de HV e, porque não?, o de telefone. Ele dar, dava, mas seria empecilho ao rápido atendimento, tampouco veria o cliente uma imagem ajustada ao teor deste espaço comercial. E a imagem de me ver retirar rolos de fio eléctrico de dentro de um panelão de esmalte fez-me rir, lá isso.
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