segunda-feira, 4 de abril de 2016

Almoço

Pescada não sei quê, mas agora que penso nisso creio que era estufada, por conta do molho que a acompanhava, e batatas cozidas. Gosto de espalmar as batatas cozidas e misturá-las no molho, tanto gosto que foi o que fiz. Em certa altura coloquei uma tranche – isto da tranche sou eu a fazer as coisas como que bué grandes – de chicha e vai que uma tira de pequenas espinhas foi agarrada e vai que meti aquilo tudo na boca e vai que mastiguei e vai que dei pela presença desse material picante – dir-se-á antes picoso? - e vai que pus os dedos na boca para o retirar e vai que me senti embaraçada mas vamos lá embora que antes isso do que uma espinha cravada na garganta ou no céu da boca ou assim. E vai, também e ainda, que depois disto tudo me aparece no bolo alimentar mais uns picos e vai que fico assustadíssima e vai que afinal era mas era, repete lá, um pezinho, coisa pouca, da salsa que vinha adornando o prato e enaltecendo o seu sabor.
Já agora, eh pá, checupeinlá saburresso, pé de salsa é coisa para me lembrar uma dúvida que tenho para aí há quarenta anos: aquela expressão 'mariquinhas pé de salsa' é isso mesmo, pé de salsa, ou será 'mariquinhas pede salsa'? Eu cá gosto mais do pé de salsa, mas nem sei por conta de quê. E nem vou pesquisar que é para não acabar com a dúvida, quando não ficava com o post destruído.

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