sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

As horas que são

São dezoito e dezasseis. Não tarda digo adeus e até para o ano ao estaminé. O adeus digo também ao 2016, mas mais tarde. Tenho pensando nele, se dói estar no fim, como é isso de acabar, de deixar de ser e permanecer e tal. Enfim, meras questões, mas o ano não tem boca, portanto as perguntas seriam inúteis. O estaminé também não tem boca, mas estou certa que sente a minha falta. À conta das saudades minhas, gemerá e chorará sem contenção alguma. Ao estaminé só falta mesmo é falar.

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