quinta-feira, 7 de setembro de 2017

A desmemoriada

Fiz uma tachada com legumes e coisas assim e fui logo dizendo à rica filha:
Olha que tem ervilhas!
Mãe, o pai é que não gosta de ervilhas, até parece que não sabes...
Ah, pois é, disse eu, e tem cenoura, aventei, ainda, cheia de inúteis cuidados.
Ó mãe!, isso é o mano que não gosta...

Bom, então vamos lá a ver uma coisa: a pessoa tem memória do que tem... né?

5 comentários:

  1. Eu também não gostava de ervilhas até aprender a cozinhá-las assim (vou arriscar, eu, a nada-cozinheira, dar-te uma receita a ti, Gina, a toda-cozinheira, por isso não te rias):
    refogadinho com cebola e alho (o alho nem sempre ponho); espera-se um bocadinho e com a cebola já transparente deitam-se as ervilhas para o tacho (eu uso sempre das congeladas descascadas, são mais user-friendly), as ervilhas ao caírem no tacho arrefecem o refogado e acalmam um bocado o fervilhar, shhhh, aí vou encher um meio copo de água e deito-a para dentro do tacho, ponho a potência no máximo até a água começar a ferver e depois baixo outra vez e ficam as ervilhas a cozer quase todas no vapor, umas poucas cozem dentro da água que fica só no fundo e agora vou pôr aqui um ponto final para respirares.
    De vez em quando pego no tacho com as duas mãos segurando a tampa (no meu caso preciso de pegas para não me queimar) e sacudo o tacho verticalmente umas vezes para revolver as ervilhas e elas irem trocando de posição. Repito isto algumas vezes até terem passado uns 25 minutos. Nessa altura deito lá para dentro um ramo de coentros frescos picados. Mais uns 5 a 10 minutos, eu é a olho que decido se já está ou não com base no engelhar da ervilha, embora às vezes trinque uma para confirmar a moleza. E depois serve-se isto a quem estiver e é ver o impacto que causa.
    Gina: é delicioso. Já converti algumas pessoas não amantes de ervilhas com este preparado, ouviste?
    :-)
    (vais fazer?)

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  2. Não rio nada, Susana, num ou noutro momento, qualquer todo-cozinheiro anseia por receitas que não lhes saiam da cabeça.

    Vou fazer, sim, a ver como corre. E também uso as ervilhas congeladas, daquelas marcas assim como que mais coiso, 'tás a ver? A ervilha tão uma duração curtíssima, é até melhor que as consumamos congeladas, são preparadas na hora e pouco sujeitas a choques.

    :-)

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  3. Fiz há pouco, ao almoço, a tua receita. Pus sal (acho que te passou) e alho e em vez de coentros usei hortelã porque é o que tenho. Isso e manjericão, mas achei que a hortelã ia melhor. Só não deixei foi tempo nenhum ao lume, depois de a juntar, porque não creio que nos fosse proveitoso fervê-la.


    (O Luís só gostou da hortelã, não mudou a sua opinião acerca das ervilhas. Ele não gostar mesmo, de não conseguir tragá-las, não, é que não lhe espicaçam o paladar, vá. Portanto, olha, não resultou com o Luís, mas eu adorei)


    :-)


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  4. Sim, claro, o sal. Fundamental. (e até já pus também uma cuchara de açúcar assim como quem não quer a coisa).

    Eu nunca experimentei com hortelã (hei de experimentar), mas olha que é o coentrinho ali o maior responsável pela mudança, pelo menos já aconteceu não haver coentros e eu fazer sem eles. Nada a ver.

    :-)

    Obrigada por contares.

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  5. Está, ainda, nos planos, Susana. Hei de fazer tal e qual tu.


    :-)


    Eu também te agradeço.

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