Neste novo lugar da musa já atuo como nos anteriores, ou seja: tenho montes de coisas em cima da mesa – canetas, caixa dos óculos, caderno, telemóvel.
Falta o livro...
(Gina, a mulher que não sabe ler)
Há cerca de um mês que não leio. Se não leio ou se leio, se não escrevo ou se escrevo, isola-me. Esta baralhação é desculpável na medida em que não sei se gosto de ler e importo-me com isso, quero descobrir, e não sei se sei que sei escrever e não quero descobrir, não vá a descoberta magoar-me.
Ainda não vos contei da espuma do café. O copo, sendo de vidro, deixa ver a espuma assentar. É tão bonito, imaginem uma esponjinha acastanhada no fundo de uma chávena pequenina, de onde se antevê fofura e querideza. Só que desaparece, deixa-me sozinha. A espuma é bolhinhas, que rebentam pela pressão que lhes chega de baixo. Eu, enfiando os dedos na espuminha – por curiosidade, para acelerar o processo, porque sim, porque não? - isso da fofura ia tudo com os porcos, claro, vai daí, qual querideza qual quê.
Posta-restante: não fui ver o latim, há tanto tempo
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