Contou-me a cliente de ontem à tardinha acerca de um sonho que teve. Acordou num repente, durante a noite, e deu com uma forma luminosa junto à cama que lhe estendia um papel. Passou alguns dias pensando no significado que teria aquele sonho – sim, sonho, apesar de se ter sentido acordada por uma força estranha, ela não duvida que foi um sonho – até que se fez luz (figura luminosa → luz, ah ah) e descobriu que era um sinal para ela escrever.
Mas escrever o quê?, perguntava-se ela, eu não sou escritora, sou escultora, está bem que sempre escrevi, mas...
Escreva num blogue, minha senhora!, o meu dever era ter-lhe respondido com este entusiasmo.
Escreva o que lhe apetecer!, que incentivo lhe daria.
Quando lhe der ganas disso!, e aqui moraria o poderio de todos nós, os escreventes. Porra, pá, mas a gente manda ou não manda naquilo que escreve?!
Não, daí a atmosfera estar impregnada de dúvidas a esse respeito.
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