Laurent estreou o seu caderninho comigo e assentou:
Virginie
omoplata inflamada
cócegas
Antes confessou-me que comprara um caderno para apontar as particularidades dos seus pacientes e assim livrá-los de perguntas recorrentes e desnecessárias, mas que ainda não tinha iniciado a tarefa por não ter paciência para escrever. Fez-se então silêncio porquanto desligara a música, e ele exclamou
«Silêncio!»
como quem sente um alívio, que erradamente ouvi como um exclamado desabafo
«Paciência!»
julgando, por isso, que era a pouca vontade que ele tinha de escrever itens do meu tratamento no seu caderninho ainda em branco. Solícita, perguntei: «Quer que eu escreva?»
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