sábado, 17 de abril de 2021

O gorro

Quando cheguei à adolescência a minha mãe dizia «a minha Gina é também bonitinha» com alguma regularidade. A foto abaixo fez-me lembrar isso. Ser bonitinha é vantajoso para a altura de envelhecer, continuo bonitinha, também. E ainda. Sinto algum pudor e receio por juntar uma imagem e um texto onde me digo bonitinha. O pudor vem da vaidade e o receio também. Incrivelmente. É que pode alguém discordar e não tenho argumentos contrários. É, porém, verdade que a beleza está nos olhos de quem olha, nunca em quem é olhado. Olha, pois é! Este é um bom argumento! Bom, agora outra coisa: esta é a minha mais recente foto de perfil e é meu costume deixar um registo da foto nova e blás e, se bem que não tenha sido só esse o impulso que me levou a publicá-la, a verdade é que, pronto, cá está ela, e importa-me dizer que não tem filtros, que me retrata fielmente ao nível (do desnível) da tez, que escolhi esconder o cabelo porque é um modo muito próprio de desnudar a personalidade, afinal a cabeleira é uma moldura, quiçá realce ou deixe escapar algo (lá está: filtre) e que, pá, sou eu, em bruto. E bruta, às tantas.



Nota: publiquei esta foto filtrada, e muito, aqui e aqui.

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