Acima está uma foto que tirei porque gostei que as porcas tivessem impressas as letras CP, de Comboios de Portugal. São portanto porcas personalizadas. Gostei daquilo e captei. Gostei daquilo e não só, gosto de fotografar o chão. Gosto de pedras, folhas, terra, flores, calçada e, obviamente, linhas de comboio. São coisas de chão, rasteiras, algo pobres, não na existência ou na poesia, mas estão lá em baixo e são para pisar, essa poesia é feia. Por vezes coíbo-me de olhar para o chão, olhar para baixo é prisão, dormitório, nuvem, frio. Olhar para cima é avançar e tropeçar, avançar é sempre avançar e tropeçar não é cair. Antes para cima, antes antes. Tirei outras fotos, que fui colocando no blogue. Sobrou esta. Hoje fui dar com ela na memória do telefone: é de 22 de Maio, o último dia que vi a minha mãe. Abaixo está um print do ponto exacto onde se encontram as ditas porcas, disponibilizo as coordenadas do mapa: 38,020, - 7,800, quem sabe alguém as queira visitar e assim já pode lá ir.
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