«A cidade acende-se de lilás», foi o pensamento que tive há dias. Foi no mesmo dia em que percebi, finalmente, que o comboio vai vazio porque vai «sem serviço», que é o que diz o letreiro. Vejo sempre um comboio passar porque chego ali sempre à mesma hora. O cercado anuncia, também já percebi, porque se põe num estertor fininho e que não quer dar a conhecer, é uma coisa pequenina, mas eu noto, de silencioso que está o mundo a essa hora. A cidade é Lisboa e o lilás é dos jacarandás.
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