terça-feira, 17 de novembro de 2020

Consulta

Na sala de espera, li blogues; rabisquei no bloquinho rudimentar; tratei de categorizar as folhas das árvores, registando no caderno onde encontrei quais - duas delas são da minha amiga árvore amarela – consultei o Pinterest; olhei para o Instagram e editei umas fotos. Depois, durante a consulta, na hora de revelar o meu peso corporal – mediante solicitação do senhor doutor, claro - respondi orgulhosa e categoricamente: cento e treze. Considerei boa ideia acrescentar um quilo aos que realmente tenho, podia o senhor doutor ser daqueles que não diminui o peso da roupa ao que a balança diz. Resultado: ele apontou o número que eu disse e nem me mandou subir para a balança. Fiquei siderada. No fim não me aguentei: - O senhor não me mandou subir para a balança! Ao que ele respondeu: - Mas a senhora acabou de me dizer que pesa cento e treze quilos, acha que eu não ia acreditar?

E pronto, fui à consulta de Medicina de Trabalho, o que não ocorria na minha vida vai para quatro anos. Esta não foi, portanto, vez primeira, dantes ia mandada de outro patrão, só por dizer que continuo a trabalhar num balcão e de volta do mesmo tipo de artigos, o que é curioso que farta. Mas o mais curioso foi ele ter-me perguntado se no meu local de trabalho era bem tratada. Achei muito bem, fiquei contente. Mesmo. Não ironizo, é bom que se vá dando atenção à mente das pessoas, sei como é trabalhar num lugar que dá conta da mente e, por isso, dar conta do corpo.

Sem comentários:

Enviar um comentário