Pois que hoje...
Tirando os cafés...
Estava a livreira...
Mais simpátca...
Que há no...
Lugar da musa.
Isso. Pois foi. Ó pá, fiquei tão contente assim que a avistei. Assim que a avistei, repete lá, pensei ena! ena! ena! ena!, vou beber um café à maneira, a minha cabeça vai estalar de prazer, ena! ena! ena! ena!, repete lá. Mas entretanto cuidei que o melhor era aguentar-me e guardar para mim a felicidade que sentia por ver esta menina no comando da máquina de café, é que assim as expectativas ficariam muitos degraus acima, tanto para mim como para ela, e se ela, repete lá, sabendo da minha empolgação lhe azedasse qualquer coisa nos gestos e me tirasse um café insípido? Não, conteria o comentário. E contive. O café saíu magnífico. Forte, encorpado, amargo e mais um montão de vocábulos que adjetivam um café bom. Trouxe o pau de canela comigo. Sério, embrulhei-o num dos meus papelinhos, um ainda virgem, e depois, quando cheguei ao estaminé, tirei-lhe uma foto com a minha máquina montes de espectacular. Quero dizer: eu ainda não tirei a foto, está bem. Está. Mas assim fica giro, dá a ideia que durante para aí uma hora a minha vida se resumiu a pedir um café, bebê-lo prazerosamente, caminhar até ao estaminé, tirar uma fotografia ao pau de canela e escrever um texto a contar isso tudo. Mas não, está bem. Está. Eu já escrevi este texto, lindo e cheio de sentimento, pois claro, mas ainda não tirei a foto que disse acima que havia tirado, está bem. Está. Eis a foto, então, muito embora ainda não a tenha tirado, está bem. Está. Mas ei-la.
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