Urge abandonar o lugar da musa, que o café não anda nada bom, mesmo eu reclamando, e quando reclamo sinto-me tão mal, oh céus, mas reclamo, que o dinheiro é meu, o dinheiro e a boca e o esófago e o estômago e até a cabeça, é tudo meu. E pago, então se pago, pumba e coiso. Mas custa-me tanto, oh céus. Ah, já tinha dito 'oh céus'. Bom, dizia eu, tenho de abandonar o lugar da musa, escolher outro, indago há semanas, a ver se me convenço, isto de a gente ter de se convencer à própria gente que somos e não a outrem é munto xirú. Há vários locais ao meu dispor, eu é que tenho de me dispor a entrar lá dentro e fazer a substituição que é preciso. É que o lugar da musa é muito especial para mim. Muito, muito. E é difícil que se farta deixar de lá ir.
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