sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Façam 1, 2, 3

1
Façam tarte de maçã coberta de crumble. Podemos juntar o crumble, que é uma iguaria doce das que mais aprecio, com tarte. A ideia retirei-a da revista Continente Magazine deste mês, na qual está uma receita em que a base da tarte se não dobra ou coloca em tarteira nenhuma, não senhores, antes se dispõe num tabuleiro grande, juntando depois a maçã laminada e temperada com a bendita canela em pó e o açúcar, preferencialmente amarelo. O mascavado também serve, serve até para ter o resultado do açúcar, que é caramelizar, sem adoçar muito ou aumentar exponencialmente as calorias, isto para quem tiver esta preocupação. De seguida salpica-se com o dito crumble e vai ao forno. Idealmente, o crumble cobrirá totalmente a fruta no caso de se usar uma tarteira, mas na foto da revista a maçã está à vista, o que me leva a pensar que no caso desta receita não importa lá muito cobri-la. Usei uma tarteira e tapei a fruta. Portanto, vá, forrei uma tarteira com massa vienense*, joguei lá para dentro a minha mistura de maçã*, cobri-a com o meu crumble* e levei-a ao forno até alourar as bordas.
2
Façam roscas. Ó pá, às vezes lá me acontece fazer coisas que nunca fiz, gosto particularmente de sentir essa novidade, de maneiras que me joguei a fazer umas roscas fritas, o que não é nada comum. Preparei a massa tal e qual e no fim achei que não ia resultar. Sei lá, olhei para a consistência da massa, senti-a nas mãos, e receei que mesmo no fim do descanso merecido, não conseguiria moldá-la em argolas. Mas que engano, iei! Deu resultado, iei! No fim passei-os por uma mistura de açúcar branco e canela em pó, ao invés de os regar com caramelo e chocolate e lhes jogar sal para cima. Estas roscas são densas mas saborosas, nada semelhantes aos dónutes, como eu julgara inicialmente. O único senão é a fritura, que se revelou difícil ao nível da temperatura do óleo, deixei queimar alguns... Que, no fim das contas, também se deixaram comer. Deixo imagem com a receita que recortei da revista.




3
Façam pães doces. A massa tem uns certos quês ou umas certas manias. Não tem nada, é fácil** . Estes pães doces podem ser recheados com toda a sorte de ingredientes, e de todas as vezes que fiz, fiz sempre com açúcar e canela, mas ainda hei de fazer com creme de pasteleiro, tem de ficar muito grosso, a ver se não escorre, frutos secos, fruta cristalizada, compotas, também muito densas, e podemos ainda rechear os pães mas com salgados, tipo enchidos e/ou queijo, mas nesse caso talvez seja melhor retirar o açúcar, ou pelo menos uma parte, não vá a coisa não suceder por bem. E bom. À parte o recheio, esta é uma massa que se pode moldar de diversas maneiras, isto para além do modo como descrevo abaixo, sendo uma delas fazer uma grande argola, dar umas tesouradas no exterior e abrir um pouco os cortes por modo a conseguir uma boa cozedura. Também não experimentei. Ainda.


*Massa Vienense (para fazer de modo a sobrar)
500 gramas de farinha
300 gramas de manteiga
200 gramas de açúcar
2 ovos pequenos
Depositar a farinha na bancada, abrir um buraco ao meio e colocar aí os restantes ingredientes. Misturar aos poucos os elementos secos com os húmidos. Quando a massa se apresentar homogénea dividir em duas ou mais partes. Enrolar cada uma em película e colocar no congelador.
Quando chegar o dia de usar, descongelar uma das partes da massa e fazer bolachas e/ou massa para tartes doces.

*Crumble de Maçã
Descascam-se três maçãs e cortam-se aos pedaços mais ou menos do mesmo tamanho para que a cozedura seja uniforme. Acrescenta-se uma colher de chá de canela em pó, uma colher de café de gengibre em pó, uma colher de café de baunilha, raspa e sumo de uma laranja, raspa de um limão, um dedal de Frangélico ou licor de amêndoa amarga, ou ainda outro a gosto, como por exemplo vinho do Porto. Misturam-se bem estes ingredientes e colocam-se na base duma tarteira untada nas laterais com manteiga. Em seguida espalha-se 50 gramas de amêndoas descascadas, tostadas e laminadas. Reserva-se e passa-se ao passo seguinte.
Para o crumble juntar um cup de farinha, um cup de açúcar amarelo, um cup de flocos de aveia, 150 gramas de manteiga fria em cubinhos, 1/4 de cup de amêndoa moída, duas colheres de sopa de coco ralado, uma colher de chá de canela em pó, uma colher de café de baunilha, uma pitada de noz moscada. Com as mãos vai-se misturando a manteiga com os restantes ingredientes até tudo estar ligado e com um aspeto esfarelado. É então que se coloca a mistura por cima das maçãs de modo a que todas fiquem completamente cobertas. Vai ao forno uns quarenta minutos ou até as bordas se apresentarem alouradas.


**Pães Doces
Massa:
400 mililitros de leite
100 gramas de manteiga
100 gramas de açúcar
15 gramas de fermento de padeiro
700 gramas de farinha sem fermento
Recheio:
manteiga q.b.
100 gramas de açúcar
1 colher de sopa de canela
Preparação:
Leva-se ao lume o leite, a manteiga e o açúcar somente o tempo suficiente para amornar.
Deita-se o fermento e deixa-se atuar uns minutos.
Dá-se uma mexedela com uma colher de pau até tudo estar mais ou menos ligado.
Pesa-se a farinha, coloca-se numa tigela e abre-se um buraco onde se despeja a mistura morna.
Deita-se a massa na bancada e amassa-se durante uns cinco minutos.
Põe-se a levedar dentro duma tigela abafada com panos limpos durante duas ou três horas.
Passado esse tempo retira-se a massa e amassa-se novamente, se bem que durante menos tempo.
É agora hora de estender a massa e formar um retângulo para aí com uns 50 por 30 centímetros e uma espessura de 1 centímetro.
Quando a massa tiver essas medidas barra-se com a manteiga e polvilha-se com o açúcar e a canela.
Faz-se um rolo apertadinho e corta-se em tiras de mais ou menos 5 centímetros.
Colocam-se os rolinhos numa forma redonda, no sentido vertical, assim como que a fazê-los parecer um arranjo floral, mas guardando algum espaço entre eles.
Vai ao forno - sem esquecer de untar e enfarinhar a forma e lhe forrar o fundo com papel vegetal – durante 40 a 50 minutos.

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