domingo, 4 de novembro de 2018

Limpa-vidros

Limpa-vidros, limpo vidros. Cortei-me no partido, mas composto, vidro.
Em certa altura sabia de tudo, do pano, do balde, das janelas sujas, mas não do limpa-vidros. Lamentei não ser como um telemóvel, ligava para ele, que tocaria sem pejo e com razão e conheceria o seu paradeiro.
Em certa altura vi o limpa-vidros repousando em cima da cama, assim de encontro à janela já limpinha, brilhante, hum, brilhante não, antes translúcida, a torcida de encharpes figurando alegremente no parapeito, e quis muito tirar uma fotografia. Mas desisti, iria aumentar o armazenamento de ideias já captadas e ainda não expostas. É que parecendo que não ligo ao muitas-coisas-em-muito que amando pró blogue... olhem que não.

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