quinta-feira, 8 de novembro de 2018

Nas proximidades

À minha frente tenho três tesouras.

Uma metálica, escura de tão velha em uso e permanência no mesmo lugar: um prego espetado num dos móveis do velho estaminé. Guardei-a nesta espécie de mural porque devido à sua longevidade se me punha um lamento no coração.

Uma de plástico, apropriada para uso infantil, tanto que além de ser de plástico tem as pontas arredondadas e é minhon. Não a uso, e se não a uso está aqui por quê? Porque sim.

Uma metálica, ou neste caso mais uma, de pontas redondas e encurvadas. Foi estudada para cortar unhas a bebés e crianças pequenas, traz portanto uma especificidade consigo, só por dizer que corta unhas a adultos e também se ajeita com o papel. Está é perra que se farta. Porra. Perra.

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