Podem imaginar-me de costas, por favor, olhando atentamente o expositor onde se aninham (eiche! olhó prémio literárió-blogosférico) os modelos de chaves que são pertença (eiche!) do estaminé e que são mais de mil. Bom, imaginem lá, vá, e fiquem sabendo que a minha atenção, nesta hora, era por conta de querer arrumar uma chave no ganchinho que lhe fora destinado (eiche... [pronto, acabou a brincadeira]). Imaginem, também e já que chegaram até aqui, alguém que me observava atentamente e a dada altura me ouviu exclamar com grandes alegria e alívio:
«Ah, é aqui!»
A pessoa em questão desatou a rir e por entre o riso comentou:
«Ó Gina, parecias aquele personagem do Matrix, o maluco das fechaduras, não sei se sabes...»
«Não, não sei, respondi.» E ele lá me explicou mais ou menos quem era, enquanto eu, qual grafómana, já magicava como descreveria este episódio, portanto nem o ouvi. Não tenho a pretensão de estar descrito tal e qual como o pensei, isso só está ao alcance dos génios, o pensamento é coisa intraduzível. Eu, quando escrevo, não traduzo porra nenhuma, transformo.
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