terça-feira, 19 de março de 2019

On ira où tu voudras, quand tu voudras

Há dois ou três dias lembrei-me num repente do verso que aparece no título deste post e que pertence a uma canção de Joe Dassin. Senti-me iluminada, digo no sentido de ter sido preenchida por uma luz, a das palavras que não fui eu que pensei e expus. Ou seja, eu não me ilumino porra nenhuma com aquilo que escrevo, antes sinto uma ânsia enorme, uma compulsão quase, quase quase quase, doentia para registar tudo, e nunca, repito: nunca me sentindo satisfeita. Então, foi com prazer que abracei o verso, que, ademais, tinha surgido sei lá por que motivo, nem isso interessa. E não é meu. Foi tão bom, foi como um descanso inesperado.
Bom.
Então.
Hoje de manhã ouvi na Radio um anúncio onde se ouve um trecho da dita canção. Usam a parte em que o coro feminino cantarola lá lá lá, que alteraram para blá blá blá. É sério que eu ainda não tinha ouvido este anúncio. Mesmo. Embora esta seja uma daquelas ocasiões em que penso que pouco importa se havia ouvido ou então não, se estou a inventar ou então não, se estou baralhada ou então não. Mal algum virá ao mundo, se sim ou então não, quando afirmo do alegre repente que foi ter-me lembrado do verso de uma canção velhinha e que não se ouve lá muitas vezes.

Sem comentários:

Enviar um comentário