sexta-feira, 29 de março de 2019

Uma Gina

Uma Gina de onze ou doze anos ia no carro dos tios visitar uns primos que se sabia ali – digo Vila Franca de Xira – e resolveu, durante a viagem, enquanto tios e pais conversavam, enfiar o fio que trazia ao pescoço na boca. Ora aconteceu-lhe o que não pensou: o fecho abriu e fechou, entalando-lhe o lábio por dentro. Depois foi uma aflição até conseguir abrir o fecho e aliviar-se. E tudo sozinha. É que se fosse queixar-se havia ralhete e ela, tão jovem ainda, sabia que não queria nada disso na sua vida.

Tinha a mania de enfiar coisas na boca, desde flores a dedos e a canetas e a bicos de lápis.

4 comentários:

  1. ahahahahahahahahahahah!

    (normalmente as pessoas a quem conto isto ficam a pensar coisas de mim... o que vale é que eu já sei que sou maluca):

    :)

    bom fim de semana

    - Eu encostava a pontinha da língua na lâmina dos aguças (acho que para aí se chamam afia-lápis) e achava aquele gosto-sensação o máximo!

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    1. Ui! E eu era na pilinha da pilha, quero eu dizer no ponto positivo, a ver se dava choque, pois dando era sinal que tinha ainda carga. Acho que o gosto não deve ser lá muito diferente do 'teu'. Ouvi isto de alguém e achei, por minha vez, o máximo. Actualmente não consigo sequer pensar em fazer isso. E olha que eu também não tenho lá muito juízo, não.

      Bom fim de semana. Beijos.

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  2. Facts are: demasiado juízo, ambas, a chamada loucura sã :D
    E por isso escrevem assim, ambas............

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    1. :D

      ... O juízo por equilíbrio, quando não, coiso.

      Bom fim de semana :D

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