sexta-feira, 12 de março de 2021

Meia dúzia de anos

Inicialmente as chávenas eram seis. Dessas, levei metade para o estaminé. Um dia, uma partiu-se devido ao choque quente-frio, havia-a metido debaixo da água fria quando ainda estava bem quentinha. Entretanto, e num dia antes desse, o meu colega ofereceu um café à carteira, que elogiou em muito a forma das chávenas, e foi tanto o entusiasmo que lhe ofereci duas para levar para o Brasil, quando lá regressasse. De resto, restam duas. Quem no-las ofereceu foi o magnata deste pedaço de calçada, mas não gostamos lá muito de beber por elas. Claro que no-las ter oferecido um qualquer badameco não faria com que gostássemos mais, ou menos, de beber por elas, apelando ao 'magnata', o que quero é registar quem se dedicou à oferta sem nomear esta ou aquela pessoa. Isto porque, eu deixando escrito que foi o magnata, daqui por meia dúzia de anos lembrarei imediatamente a quem hoje me refiro. Se este não-gostar pesou no lembrar desta oferta, é o que, de resto. quereis saber, já sei. Pois bem: pesou. Pesou em poucochinho, mas pesou.

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