O percurso levava quarenta minutos. Desses, passados dez minutos, a meia do pé direito foi toda para baixo. Parei a marcha, descalcei-me, puxei-a para cima, calcei-me e continuei. Passados mais cinco minutos noto a meia do pé esquerdo a querer fazer o mesmo caminho que a mana. Parei a marcha e puxei-a sem ser preciso descalçar-me, puxando-a para trás o mais que consegui, esperançada que estava que, pelo menos essa, não fosse para baixo outra vez. Passados mais uns quantos minutos comecei a sentir a meia do pé direito a ir para baixo pela segunda vez. Sentia-me deveras desconfortável mas pensei: oh, não posso passar a vida nisto do calça-descalça, senão nunca mais lá chego – e fui andando assim. Esqueci esta questão até ao ponto em que percebi que a meia do pé esquerdo, aquela que supostamente eu entalara bem, estava afinal a ir para baixo outra vez, e, foi com verdadeira surpresa que, a do pé direito, oh glória terrestre, havia subido. Sério. Desceu outra vez, pois desceu, mas subiu, e mediante o mesmíssimo movimento. Incrível! Por isso é que acabei por esquecer o desconforto... Qual desconforto, né? Poi zé. Tenho agora mais fotos do 'mais do mesmo' do outro dia.
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