Não se me resplandece glória nenhuma junto dos meus. No outro dia era eu assim, cheia de poesia, notando pela centésima vez aquela linha de papoilas:
Estas papoilas não cessam de florir!
A rica filha desatou a rir. Sério. O desplante. O rico filho também teria rido se estivesse presente. Eu, poeta sem rumo, ou qualidade, vá, quero lá saber, mas poeta na essência, vocalizando pensamentos... poeticamente... e... não entendem a minha poesia.
Aquele quinhão de mim que agora é cineasta também não reflete luz nenhuma. Às vezes, o Luís, trocista, diz-me assim:
Olha aqui isto, leva para fazeres um vídeo.
Caramba, não haja dúvida que a prata da casa não tem qualquer valor. Oh, vai-se andando! Seja lá como for, tirando os meus progenitores, não há quem me aprecie igualmente.
Sem comentários:
Enviar um comentário