segunda-feira, 18 de abril de 2016

Post gloriabundo

Não se me resplandece glória nenhuma junto dos meus. No outro dia era eu assim, cheia de poesia, notando pela centésima vez aquela linha de papoilas:
Estas papoilas não cessam de florir!
A rica filha desatou a rir. Sério. O desplante. O rico filho também teria rido se estivesse presente. Eu, poeta sem rumo, ou qualidade, vá, quero lá saber, mas poeta na essência, vocalizando pensamentos... poeticamente... e... não entendem a minha poesia.
Aquele quinhão de mim que agora é cineasta também não reflete luz nenhuma. Às vezes, o Luís, trocista, diz-me assim:
Olha aqui isto, leva para fazeres um vídeo.
Caramba, não haja dúvida que a prata da casa não tem qualquer valor. Oh, vai-se andando! Seja lá como for, tirando os meus progenitores, não há quem me aprecie igualmente.

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