Se não me envergonhasse toda eu, agora deitava-me no segundo banco que encontra quem desce a rua mais bonita de Lisboa, descalça, a cabeça apoiada na mala, depois de amanhado o seu conteúdo, olhos fechados, corpo em repouso, mente vazia, e punha-me a ouvir os acordes de quem ensaia, não sei se guitarra elétrica, mas lá que é o que parece, é. Os acordes dum ensaio têm o seu quê de aborrecido pela vertente repetitiva, pelo constante recomeço, mas são cá duma genuinidade. Não são ensaios os primeiros passinhos de bebé e não são uma das mais bem-vindas e adoráveis visões do mundo?
quem é que se lembrou de inventar a vergonha?
ResponderEliminarPois. Ah caraças, e às vezes atrapalha tanto a vida duma pessoa...
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