terça-feira, 14 de junho de 2016

Do pé para a mão

Tenho uma pele no pé a amadurecer. É ali assim bem junto à bola interna, aquela onde, supostamente, se terá um joanete doloroso algures vida afora, mais muito vivida do que pouco vivida, quer isto dizer que o joanete aparecerá, supostamente, na velhice. Quando amadurecer soltar-se-á facilmente, o que me permitirá, este post está muito no futuro, ó pá tóin xirú!, arrancá-la. Por baixo da pele estão, ao momento, olha, agora virei-me para o pressente... ai perdão, presente, umas quantas borbulhinhas em construção, quando forem muitas e muitas, e amarelas, já saltei para o futuro, óié, despegar-se-á, soltar-se-á, mas só uma partezinha, vai daí levantarei uma pontinha com a unha da mão, a do dedo médio da direita, e arrancarei tudo. Tudinho. Ficarei então com uma cratera, quando digo cratera não falo obviamente em tamanho, mas em semelhança. Lá no meio encontrarei um pele lisinha lisinha lisinha. Será deleitoso passar lá o dedo médio da mão direita, os outros não sei.

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