terça-feira, 14 de junho de 2016

Lugar da musa

Continuo a não me esquecer de retirar a colherinha de cima do pires, não vá acontecer eu deixar escapar o café de dentro da chávena, inadvertidamente, pois claro. Eu já expliquei como é que me acontece, mas posso explicar outra vez, que eu adoro explicar coisinhas. Acontece eu levar a chávena à boca e acontece também a colherinha resvalar e assentar no rebordo que o pires tem, vai daí, pumba e coiso, o cu da chávena assenta imperfeitamente em cima da colherinha, e assentaria perfeitamente em cima do rebordo do pires. Rebordo do pires. Ah ah. Pergunto-me se isto estará bem. Respondo-me que não. Ah ah. Mas lá que continuo a não me esquecer de tirar a colherinha de cima do pires, lá isso continuo. Olarila. Em todas as vezes desse gesto reparei que a colherinha tem impresso um grão de café, e eu que me tenho esquecido completamente de registar no blogue que a colherinha tem impresso um grão de café. É assim como que um desenho. Não sei como foi feito mas era giro à brava que fosse assim como as tatuagens. Mas assim sem a tinta. Só a agulha que sai e entra e sai e entra e sai e entra. Assim. E picaria ou picava a ponta do cabinho da colherinha de cafezinho. Cafézinho. Nunca sei como é. E colherinha é colherinha, não é colherzinha, neste blogue, nesta data, não é. Tenho foto à minha maneira, a mostrar quase quase quase tudo, portanto é montes de especial.


2 comentários:

  1. Mas às vezes não é um grão de café, é antes uma chaveninha ou chavenazinha (podes escolher), não é?
    Também gosto muito de notar esses interstícios da vida que não foram esquecidos... como esse cabinho de colherzinha com desenho impresso. :-)

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  2. A minha mãe diz colherinha e chaveninha, lembrei-me dela quando estava a escrever o post mas não a 'introduzi'. Olha, fica agora. ;)

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