Ontem, às cinco e tal da tarde, eis que larga a chover em Lisboa. Chuva de verão, ok, vá, tudo bem, mas era chuva. Há exatamente dez anos chovia pra caraças em Lisboa, não sei a que horas mas foi nesse dia, exatamente aí, que eu tenho boa memória para aquilo que só a mim interessa. Nessa altura debitava umas coisitas em modo escrito aqui no estaminé. Criei uma pasta de ficheiros de escrita, em muito semelhante à que hoje mantenho, a que chamei SouEu. Essa pasta foi criada, julgo eu, aqui é que não estou tão certa mas adiante, num dia de março de dois mil e seis. Incrivelmente comecei a rabiscar coisas ainda antes de criar um blogue. No estaminé. Isso, no estaminé, lugar que não suporto, lugar soturno. Julgam que passo o tempo a escrever porquê? Para anular a minha presença, claro, e também para me desasossegar, de contrário espessar-se-me-á a tristeza. Pois. É contraditório, é, e estúpido que se farta.
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