Tenho ido ver o latim, tenho visto o latim, tenho percebido o latim. É hoje, o esmiuçar do tema.
Há dias andei à roda do monumento, pisando a relva, atenta a cocós de cão, sim senhores, mas sobretudo a inteirar-me do maior número de detalhes possível acerca de. Acerca do monumento, claro está, e não, não pisei cocós. Encontrei uma placa com uma mensagem gravada que dizia do monumento que este não havia sido criado para glorificar o criador e/ou os adoradores.
cadeira-trono
vocacionada para o poder
este monumento anti-monumento
sem pátria e sem idade
criado para servir a todos
e a ninguém
é também o retrato possível
dos instantes que vamos tendo
no arriscado percurso das nossas histórias
Ao ler a placa fiquei siderada. Ó pá, é isto mesmo. Sério, é que é isto mesmo, que ninguém se glorifique. Houve um dia em que parei para ler o latim, o que aconteceu há coisa dum ano, latim esse que traduzido refere que 'aos que passam e ousam deter-se' é o monumento dedicado, sendo que, verdadeiramente, o que fiz foi ousar deter-me sem saber do que lá estava escrito, portanto glória nenhuma houve no ato. Houve a placa, que descobri há dias, e tenho andado em excursões frequentes até lá, para ler a placa novamente, para observar a placa novamente, para respirar aquele ar novamente, não fosse eu estar enganada nas conclusões que tirei.
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