sábado, 6 de abril de 2019

Lençolinho

Ao longo dos anos tenho dado cabo de toda uma catrefada de jogos de lençóis. De uns fiz recipientes de espuma, vulgo almofada, de outros, mais concretamente dos que iam ficando sem par, fiz toalhas de mesa e, de uns outros, fi-los parecerem quais jogos de lençóis aprumados e irmanados, lindos e fofos (só que não, mas vá) e, alfim, de outros uns, por tão coçados estarem, fiz coberturas de móveis, por modo a protegê-los de pingos de tinta aquando da pintura das paredes. Ora acontece que, num repente, me lembrei dos lençóis nupciais. É. Desde aí, poucas vezes os tenho usado, mas tenho, e houve um dia que decidi guardá-los, por serem especiais. Até agora. Pois é e digo eu: mas afinal do que estou à espera? Sério, de repente pumba e coiso, eis que se me deu o baque → espero o quê para usar as coisas, seja lá o que for? Estavam tão amarelados, os pobres, oh. Havia-lhes passado o ferro de engomar por cima, numa de portar-bem, de fazer-como-deve-ser. Um dia, há muitos anos, a minha mãe instruiu-me: Gina, não se passa a ferro a roupa que se vai guardar no malão. Desde aí, não é que tenha feito caso do ensinamento, o que aconteceu foi que deixei de passar roupa a ferro, e esse jogo de lençóis é do tempo em que ainda. Ora então vamos lá a ver: os lençóis deste post são macios e muito confortáveis, e eu que já nem malembrava disso.

Posta-restante:
A minha mãe diz lençolinho quando é de cama de bebé. Quando quis intitular este post foi do que me lembrei.

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