quarta-feira, 25 de novembro de 2020

Casquinha

Num chão lisboeta vi uma casquinha dourada e cuidei de ser uma tâmara, seguindo-se a certeza de que era uma barata. Esmagada. Por ora olho muito para o chão, gosto de ver as formas e as cores das folhas que, bem sei, estão mortas, mas vejo-as vivas. Mais: apanho-as, guardo-as, fotografo-as – ou então não. Mas para esta observação é preciso ir de olhos no chão e isso é coisa que deixei de fazer há meses, então, o que faço é andar cá e lá, a ser a Gina das observações puramente dispensáveis - quem quer saber das 'minhas' folhas? - e a da vida levada com leveza. Gosto disto: 'levada com leveza'. E a barata, olhem, lá deve estar, alindando a calçada.

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