segunda-feira, 12 de abril de 2021

retratos

imagens que retratam o meu pai
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imagens que retratam a minha mãe
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retratos de um pial que adoro
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O pial encanta-me desde sempre. Dantes, nos idos anos da minha infância, todas as portas daquela rua tinham um pial, uns com um degrau, outros com dois, e, se bem me lembro, havia um com três. Divertia-me percorrer a rua para os comparar – ah este é cinzento, ah este é castanho, ah este é feio e... tcharan!, este é lindo! Se comparado com os restantes da sua espécie, o pial retratado era liso, aprumado, vistoso. Era o meu preferido. Actualmente é o único pial de toda a rua, todas as outras casas foram remodeladas e em nenhuma se manteve os piais à moda do Alentejo. Recordo também que as paredes terminavam (ou começavam, sei lá), aliás, as casas eram, e são assentes em xisto, daí que na base se visse partes dessas rochas, que lascam facilmente. Para mim eram pedras que escreviam, obviamente porque escreviam. Passava algum do meu tempo a escolher a melhor pedra, a mais pequena, a mais confortável, para escrever em outras rochas. O que escrevia não sei, talvez o nome e a data. Saio ao meu pai, e 'quem sai aos seus não degenera', lá diz o ditado.
escrito em 16 de Setembro de 2020 e copiado hoje

... Faltou dizer que o pial em questão era o mais bonito da rua, sim senhoras e senhores, mas porque, à época, estava bem conservado. Actualmente não. O que se deve, presumo, ao facto de a casa estar desabitada há largos anos.
escrito em 20 de Setembro de 2020 e copiado hoje

nota:
as fotos deste post pertencem ao dia de ontem - 11 de Abril de 2020

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