quinta-feira, 9 de junho de 2016

Primeiro

Bom dia. São onze e treze. Olhem, é assim: acabaram-me com o pio no lugar escondido. Oh céus. Que pena. E eu que de vez em quando ia para lá falar e falar e falar para a câmara, portanto: ia fazer os meus filmezinhos. Ao início falava baixinho, sempre baixinho, não fosse dar a curiosidade ao homem do Bangladesh e ele vir espreitar-me e eu ficar cheia de vergonha, ainda que ele não tenha, ainda, em si o rápido entendimento do que se diz na língua portuguesa. Mas pronto, ficava acabrunhada só de pensar que. Entretanto, o tempo passando, ninguém aparecendo, fui descansando, os últimos filmes contêm um discurso mais fluído e capaz, sem que contudo me tenha libertado de todo. Fiz, há pouco mais duma hora, dois filmes onde exponho o modo como se apresenta agora o lugar escondido. Na verdade tenho mais filmes, feitos há uns dias, com a ideia de ir registando a transformação e/ou progresso do lugar. Tenho pena de nunca ter registado o modo como estava no tempo em que tinha onde pousar a máquina. E com a pena me fico e me vou.

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