É meio-dia e um quarto. Daqui a nada vou para almoço. Conto filmar outra vez a árvore amarela, hoje até está fixe, chove, e da outra vez o tempo estava soalheiro. Este ano quero fazer um filme contando a queda das folhas da árvore amarela, que são amarelas no outono, daí o cognome nada original que arranjei à árvore. O primeiro filme foi captado a trinta e um de outubro, o segundo aconteceu ontem, oito de novembro, só por dizer que afinal não tinha bateria na máquina, por isso ficou para hoje e ainda bem, uma vez que o dia tem outra cor, como já referi está de chuva. Por um lado estou entusiasmada com este filme, por outro é uma chatice, andam a pavimentar (finalmente!) o quadrado ajardinado onde está a árvore amarela, portanto o que não falta é movimentação por ali. Já tenho referido no blogue que me dava um jeitão ter o lugar como antigamente, desprezado, sim, porém com bancos onde podia sentar-me, estando um deles debaixo da árvore amarela, mas aqui há meses vieram os homens arranjar as ruas ao redor e os bancos foram arrancados, deitando por terra o meu intento, que era alindar a base do tronco da árvore amarela (quantas vezes é que já escrevi árvore amarela só neste post?!) com pedras que recolhi no Mediterrâneo. E queria filmar o ato. E precisava (preciso) do banco para apoiar a máquina. E não o tenho. E depois receio que os melhoramentos por ali assim sejam tantos que me levem a árvore amarela.
Posta-restante
Filmar a árvore amarela, filmei, debaixo de grande banzé, devido à tal movimentação que já referi acima. Não estou contente com o filme; não estou contente com a expedição; não estou contente com; não estou contente. A árvore amarela não é minha, o destino dela não me pertence. Tenho que enfiar este pensamento na cabeça – eu não mando nisto tudo.
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