Figura de sempre, no Natal da gente daqui, é o cego que transporta toda uma catrefada de coisas - ele é rádio, ele é assento, ele é caixinha para a esmola, ele é mantinha – e se põe ao meio da avenida a pedir.
Hoje o radio tocava fado - quem sabe amanhã toque corridinho, sempre é mais alegre - e ele pedia esmola baixinho, quase sem esperar, mas esperando na mesma, que sem esperança o mundo não lhe avança.
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