terça-feira, 6 de novembro de 2018

Guardanapos

Olhem, já fiz toda a transição de roupas de Verão para o lugar das de Inverno e o seu contrário, e, afinal, esqueci-me daquela situação barra ideia barra qualquer coisa de perfumar guardanapos para os intercalar com as roupas, isto por modo a que algum perfume prevaleça. Prevalecesse, vá, pois prevaleceria se me tenho dedicado a esse afazer. Que era de acréscimo, tudo bem, mas também de valor. E andei a guardar guardanapos bonitos, trazidos das férias (férias? o que é isso?), um até tem lá escrito o nome de um restaurante em Mértola, o Tamuje (aconselho vivamente, é um lugar simples, bonito e bom), tenho outros com limões que se falassem era em castelhano, outros azuis e outros bordeaux que também falariam essa língua se falassem e, por último, uns grossíssimos, lindíssimos e azulíssimos, com motivos outonais, ele é uvas e ele e folhas de parreira e ele é aqueles veios encaracolados tão próprios dessa árvore, que vieram de um almoço muito especial e inesperado. Tenho foto:







Esse almoço constou de frango assado trazido da churrasqueira da esquina e arroz e batatas fritas feitos em casa, sendo que as batatas foram fritas numa daquelas máquinas que faz fritos com apenas um colher de sopa de óleo. A Zé até me dizia, ó Gina, essas batatas não prestam, vais ver. Mas eu estava curiosa e o que tenho a dizer é que se lhes nota muito pouco o sabor da gordura e se lhe sente a falta. Pronto, já se sabe, é como um café descafeínado, mas essa porra tem alguma graça? Não! Mas eu às vezes bebo... Depois houve mousse de chocolate instantânea, que dado o avançado da hora não tivera tempo de ganhar corpo e sabor, e, no finalzinho, para acompanhar o café veio um bolo-rei daqueles pequerruchos. Eu já estava entupida de comida, de maneiras que desse bolo comi pouco e, como eu, outros, vai daí sobrou para aí metade, o que de um bolo pequerrucho se torna uma porção irrisória. A Zé lamentou que sobrasse e eu recomendei que comesse no dia seguinte e quando o fizesse se lembrasse de nós. 'Oh, mas eu lembro-me sempre!' respondeu ela, e eu sei que sim.
Pronto, para terminar este post fantástico recordo que usarei os guardanapos como é costume usar os guardanapos que me chegam à mãos por vias mais convencionais. Recordo-me!, quero eu dizer.

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