segunda-feira, 19 de agosto de 2019

Lisboa, Lisboa

Olha o sossego disto aqui, escola fechada, meninos ausentes, férias por todo o lado, banco de jardim vazio. Este banco tem quase sempre alguém a ocupá-lo, a sombra que o assiste por volta desta hora é um apelo ao sentar, e hoje estamos portanto dentro desse quase. Ou será fora? Eu cá estou confusa.
Em Dezembro estas árvores estão nuas. Qualquer um Dezembro, os passados e os futuros, quero eu dizer, daí o verbo no presente. Essa nudez é um défice, acho eu, de alegria, como eu. É errado pensar que um dia vou ser feliz. Ser feliz é agora, se afinal o passado passou e o futuro não chegou ainda, resta o agora, que nem é 'quase' nenhum nem nada.

olha só a foto
dois pontos
quebra de linha



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