domingo, 24 de maio de 2020

Devia escrever a minha vida, também, à mão.

Agora estou naquela de só pintar as bolas dos is. E nem é pintar, é preencher. Digo as bolas, não só dos is, mas também os pontos finais e os pontinhos da interrogação e da exclamação. Sei lá, é mais pomposo. É até fofo. Os acentos e as vírgulas e as cedilhas são de uma rectidão aborrecida, é um traço e pronto, a bolinha não, a bolinha requer atenção, cuidado. É também, e talvez por isso, demorado, há que haver esmero. Também posso engrossar as maiúsculas, fica giro, realça o início de cada frase. Devia escrever a minha vida, também, à mão.

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