Gina, a (que já não é a*) desmancha prazeres de 'La Casa de papel'
*por demorar tanto tempo a construir estes posts,
o que significa que já toda a gente sabe como foi,
deixei de ser a desmancha-prazeres que fui em tempos,
e, ressalvando por antecipação, olhem que aquela porra não termina,
é a quarta temporada e ainda não aconteceu o adeus
1º episódio
A Nairóbi tinha sido alvejada no último momento do último episódio da temporada anterior, que eu bem me lembro e a trama continua daí - tentam salvá-la.
O Helsínquia era tolinho, sim senhoras e senhores, mas na temporada anterior, nesta não, lá se desenvencilha e salva a Nairóbi, que, quando acordada, quer ser entregue à Polícia por conta da chantagem de que foi alvo no último episódio da temporada anterior.
Antes que me esqueça: o genérico parece-me diferente, tanto em imagem como no som, isto apesar de ser a mesma intérprete.
Numa altura de grandes ansiedades, há por ali tanto nervo, mas tanto nervo, que todos se voltam contra todos, há até uma cena em que se apontam armas às cabeças. Assim em roda, sabem? Cada um ameaça o outro a seguir. Cada um atrapalha a vida do outro, vá. Isto acontece porque as opiniões divergem no que toca à questão de a Nairóbi se entregar.
Aparece a estrada 435, iei! Eu conheço, eu conheço! Mas é de a ver cruzar-se com a que percorro há anos, a 433.
A tabuleta que indica a estrada aparece porque o Marselha segue por aí com o sinal do Professor para despistar a Polícia, enquanto, nesse preciso momento, o Professor se encontra debaixo de uma caixa para se encobrir de um touro do qual teve que se livrar e livrou-se assim, debaixo de uma caixa. Como é que o Professor foi para ao recinto do touro é que não vos posso adiantar, que não fixei esses pormenores.
A série está trespassada por cenas anteriores, ou seja: há uma mistura de passado com presente. Já na temporada anterior acontecia assim e vem daí esta minha consideração: é uma maneira de os personagens continuarem connosco, mesmo os que entretanto morreram.
O Marselha, o condutor que vai a fazer as vezes do Professor, ainda ao volante, enfia um capacete, despista-se propositadamente, não sem antes deixar o veículo carregado de provas, como por exemplo sangue do Professor, com o qual espargiu o veículo por dentro para que todos cressem que era ele que lá ia.
Pequeno à-parte: parteira diz-se comadrona, em espanhol.
Andam à procura de doadores de sangue para que a Nairóbi seja tratada em condições. É A negativo.
Pequeno à-parte, mas maior que o anterior: pesquisei para saber se é um dos sangues raros mas não conclui nada, quem sabe seja, para que a atenção do espectador aumente.
Procuram um doador entre os reféns. Muitos dizem que não pertencem ao grupo sanguíneo, até que dois se voluntariam. Um deles é o Arturito, o cobardolas.
Numa das partes em que a história vai atrás, o antigo dirigente do assalto, o Berlim, casa com uma jovem. Linda e fresca, como convém à trama. Sabem todos já da grave doença deste noivo. Quando no fim da festa do casório, digo eu: naquela parte em que todos se põem a dançar e a cantar alegremente, o Professor é o único que permanece sentado. Ouvimos a sua voz, comandada pelo pensamento:
«O que pesa mais: o amor ou a morte?»
O Berlim aproxima-se e, como se tivesse ouvido, responde:
«O que pesa mais é a vida.»
Considero uma reposta assertiva - a vida é o que nos pesa. O Berlim acrescenta:
«Porque a morte pode ser a melhor oportunidade da minha vida.»
É que ele é um doente e mesmo assim está-se a casar. Que outras ocasiões são mais promissoras de belas oportunidades de belas coisas viver?
O Denver mostrou-se estupidamente violento quando soube que a Estocolmo tinha estado a falar com o Arturito, amor da sua vida por alturas do primeiro assalto. O Arturito é astuto, conduz a conversa de modo a que o Denver se enraiveça de tal modo que o espanca quase até à morte. Fica o Arturito tão mal tratado, coitadinho.
O Professor sofre horrivelmente porque julga que a Lisboa morreu. Mas não.
A delicada operação à Nairóbi é virtualmente dirigida por um cirurgião. Na esquadra, descobrem esses sinais e cortam-nos. Portanto, a Nairóbi corre ainda mais perigo de vida e é neste suspense que termina o primeiro episódio.
2º episódio
Incrivelmente, oh vejam lá, o segundo episódio começa mostrando quão frágil está o estado da Nairóbi. Como o cirurgião já não se encontra online, os cirurgiões (que são os assaltantes e, se bem me lembro, quem comanda a operação à Nairóbi é a Tóquio) sem canudo não têm guia.
Ah, não posso crer! A Lisboa chega à esquadra onde em tempos idos tanto falou com o Professor.
O Palermo quer bazar, diz-se farto de tudo, mas a Tóquio não deixa. O Palermo argumenta:
«Ya no estoy entubando.»
Quando o Helsínquia intervém, chamando-o à razão, ele reconsidera e mantém-se.
A Tóquio fala com o Professor e lembra a possibilidade de a Lisboa estar ainda viva.
O Professor e o Marselha estão à batatada enquanto a Lisboa e a Alicia – a actual inspectora e substituta da Lisboa - estão a conversar. Não sei o porquê do desacato dos dois nem o teor da conversa das duas.
De novo aparecem cenas do casamento que já consta no episódio anterior. Canta um coro de padres e, convencido pelos discípulos, o Professor dança alegremente com todos. Que cena tão bonita.
O Professor e o Marselha estão agora de posse daquilo tudo com o intuito de resgatar a Lisboa. Enquanto isso, a Alicia interroga a Lisboa, não usando nem um pingo de condescendência.
3º episódio
O Denver esculpe um coração em ouro. Aquilo foi uma sobra de alguma barra (das roubadas) com certeza. O seu semblante mostra-se sofrido de uma dor em que se mistura amor, ódio e ciúme. E raiva. Muita raiva.
O polícia que caiu à piscina vai ter que cooperar com o Professor e o Marselha. É tanto assim que o papel deste polícia na trama é como que basilar. Lá o convenceram a tentar fazer passar a mensagem que o Professor iria fazer tudo por tudo e até de tudo para resgatar a Lisboa. Convenceram, quero eu dizer... Pois que remédio teve o desgraçado, né? (é)
O Denver transporta agora o seu coração esculpido. O intuito é oferecê-lo à Estocolmo. Encontra-a conversando com o Rio. Não fora toda a tensão desta história e quase pareceria que conversavam descontraidamente. Só que não combina, né? (é) Ou bem que andam de arma em riste e o coração num sobressalto, ou bem que se animam mediante conversas desafogadas de qualquer tipo de retração.
Entra mais um romance em cena: o Bogotá está apaixonado pela Nairóbi. Convenhamos que ver alguém desprotegido e tão frágil faz nascer um sentimento protector, daí é um pulinho para o amor e todas essas coisas do bem.
A Alicia tortura a Lisboa, não a deixando dormir.
O Denver, ao aproximar-se do 'parzinho', percebe que eles estavam descalços. E eu há pouco a dizer da descontração desarrazoada e mais não sei o quê. Pois, realmente é estranho que se mantenham descalços em situações destas. Hum.
Imagens dão-me a entender que o Rio foi sexualmente torturado quando lá longe. Coisas ainda da temporada anterior. Pobrecito... Madre mia.
«Dicem que el amor mueve el mundo, pero lo cierto es que lo odio no lo fica atras.»
Olhem, o Professor... O Professor, hã?, disse «no lo se». Nunca pensei ouvir isto da boca dele. «No lo se». Seguido de, e em modo explicativo de 'a razão por que estou assim é' «estou muito cansado, não consigo pensar». Ele agora já sabe que a Lisboa está viva. A cumplicidade do polícia caído na piscina deu arranque a isso.
A mãe e a filha da Lisboa encontram-se escondidas algures nas Filipinas, então, a Alicia está agora a dar oportunidade à Lisboa de falar com elas. Mas é uma coisa meio que metida dentro de uma chantagem, da qual já não percebi o suficiente para explanar. Ficamos assim: a Lisboa é chantageada e um dos pontos é a segurança de um dos maiores bens da vida, a família. É no meio disto tudo que o polícia vem trazer café e ao pousar a chávena roda o pulso em maneiras de mostrar o relógio do Professor. Ah, então é isso.
Mais um episódio que termina com a Nairóbi em modo quase-a-morrer. Em terminar episódios assim é ela a rainha.
4º episódio
Começa cinco anos antes. Dia D, aparece no ecrã. É referente ao primeiro dia do primeiro assalto. Presumo. Se não for, mal não vem ao mundo, ou à história. É muito engraçado ver o Banco sem toda a questão do assalto - fatos vermelhos às centenas, vestindo assaltantes e reféns, gatilhos vários, uma panóplia de munições e, sobretudo, tensão e medo.
A Nairóbi acorda. Não sei se sonho, se realidade, mas é o que vejo. E vejo que o Gandia quer matá-la. Hum.
A Alicia, a inspectora (e grávida !) tortura, ou sobrecarrega emocionalmente, a Lisboa. Esta pergunta àquela como é que consegue, sendo tão má, chegar a casa e abraçar o marido, em suma: sentir amor. Mas a Alicia revela que, afinal, oh vejam lá, enviuvou recentemente por conta de um cancro no pâncreas do marido.
Gostei desta frase. Até a vou repetir para ficar isolada:
Enviuvou recentemente por conta de um cancro no pâncreas do marido.
Porra, que maravilha!
A Alicia aproveita para destilar a dor. Pesarosa, acrescenta que ele ia morrendo por dentro e ela ia gerando vida, também por dentro, ele acinzentava e ela ia ficando cor-de-rosa, ele emagrecia e ela engordava. As últimas palavras deste marido foram: «Põe nas notícias.»
Ora bem, está aqui uma curiosidade – o Gandia foi em tempos segurança no Banco e, naquelas cenas de há cinco anos atrás, já ele apareceu, contracenando com o Berlim. Este trapaceia o Governador, já nessa altura, para tentar amanhar-se de alguma forma, digamos que intentava adquirir umas noções de práticas disto e daquilo, o que o levaria a conhecer muitos aspectos do interior do edifício, o que ajudaria bastante por alturas do assalto. Era nessa altura que o Gandia era lá segurança e foi ele que acompanhou o Berlim nessa visita que, de especial, tem tudo. Eu cá acho. Acabado o negócio entre o Governador e o Berlim – negócio, sim, mas fictício – este encaminha-se para a viatura, que era ocupada pelo Professor, e declara convictamente que o Gandia tem que ser morto. Mas o Professor não quer. Dá-me a ideia que se vai arrepender...
Estão quase todos desconfiados que foi o Rio que 'desalgemou' o Gandia. É que ele apareceu solto e tem estado estes episódios todos preso, portanto: refém mais refém ainda que os reféns.
É noticiada uma falsa notícia: tréguas entre a Polícia e os assaltantes. Entretanto, não percebo se à conta dessa falsa notícia, são entregues dentro do Banco oito grandes porções de paella. Esta pomposa entrega – sim, pomposa, parecia uma festa – é feita pelos polícias. Que giro. Ah, e também há pão.
O Gandia consegue sequestrar a Tóquio para uma sala de pânico, apetrechada de tudo quanto é tecnologia, dali tudo se vê, tudo – portanto – se consegue controlar. O Professor, por sua vez, já não possui uma sala assim, o Gandia cortou-lhe os fios.
Paira ainda a dúvida por sobre o Rio – terá ele ajudado o Gandia a escapar-se? Será o Rio um traidor?
Há um clima assaz novelesco por entre personagens como a Tóquio, o Rio, a Estocolmo e o Denver. Ou seja: a primeira e o segundo deixaram o namoro, os seguintes estão numa situação meio esguelhada, então os parzinhos estão como que a trocar-se.
O Rio revolta-se imenso com tanta desconfiança que os seus colegas têm acerca da sua fidelidade para com o grupo, faz-me crer que jamais os trairia. Então, no ecrã, nem só para mim mas faz de conta, intenta, neste fim de episódio, ir matar o Gandia. O Denver, como acto de solidariedade para com o colega, junta-se-lhe. Vão os dois, corredor afora.
5º episódio
A Tóquio, mesmo acorrentada, pontapeia o Gandia como pode. E olhem que pode. Ai pode, pode. Porra, aquilo só pode doer em muito.
Nos tais tempos antigos, em que vigoravam os preparativos do assalto, o Denver e o Moscovo, principalmente este, pedem ao Professor que um tal de Juanito (familiar desses dois que, por sua vez, são pai e filho respectivamente) fizesse também parte do bando. Pronto, saíra da prisão e queria recuperar-se. Sim, esta questão é irónica: como assim recuperar-se a fazer parte de um assalto de tão grande envergadura? O Professor até lhes diz, à laia de abre-olhos: 'Então mas isto é um assalto...'e eis que um deles responde (acho que o Denver): Si, pero es un atraco decente'. Grande argumento, só vos digo, tanto que o Professor anui. Claro que a opinião do Berlim pesou bastante nesta inclusão, já que fez ver ao Professor quão benéfica poderia ser para o bando. Eis que tudo se prepara e espera-se que Juanito se apeie da camioneta. Mas aparece, não um homem, sim uma mulher. E deveras sensual. Juanito havia-se efeminado, outrossim, fisicamente. Ah. É que já dantes era homossexual mas da têmpera oculta, nada revelando. Agora estão primo e tio boquiabertos com a revelação de Manila. Ou seja: Juanito passou a Júlia, que passou a Manila, em termos de assalto. Pronto, tinha que ter um nome de cidade, né? É. En La Casa de Papel es así.
Há agora um julgamento - julgado: Palermo; juiz: o Professor. O Professor anui, novamente, mas por motivos diferentes, perante pessoas diferentes. É preciso manter-se a união, nada que a quebre se quer ver. Ou ter.
A Nairóbi está bem melhor, lá vai ela, na sua cadeirinha de rodas, visitar a fornalha, que é, a bem dizer, o seu posto de comando. Lá chegada vê-os acagaçados com tudo. E por tanto.
(iei!, nunca esta minha piadinha linguista ficou tão bem empregue, iei!)
A Nairóbi palestra eloquentemente e todos voltam ao seu normal. O sangue flui-lhes e boa parte do medo se foi embora. Arribaram, foi o que foi. Parece um treinador de futebol, esta Nairóbi. É tão engraçada. Ouve-se agora a música dos empreendedores, dos corajosos, e derretem mais lingotes.
E agora beijam-se na boca, a Nairóbi e o Bogotá. Oh... Esta temporada está mesmo mesmo mesmo a ser muito novelesca. É amor daqui, é cenazinha erótica dali e tal e tal... Nada explícito, mas.
Há uma enorme explosão dentro de um elevador. Quem abafou a granada foi o Denver e o Rio. Quem a mandou para lá foi o Gandia, só pode. Outros dois se moveram imediatamente para salvar os colegas e o Gandia dispara fortemente para a porta do elevador, a ver se atinge qualquer um dos quatro. Já percebi quais são os outros dois: o Palermo e o Helsínquia.
Este episódio termina com o a Nairóbi a ser atacada por trás pelo Gandia.
6º episódio
O Gandia está agarrado à Nairóbi. Quereis saber porquê, né? Pois que não o sei. Pois que não o registei no relato. Oh, ca pena, pá.
Pela primeira vez, nesta temporada, vejo o Professor fazer o seu mais típico gesto, o que em tempos designei assim:
«… O Professor mantém o tique de subir os óculos com o dedo médio, bem como o drama nos ombros e a determinação na voz. É uma combinação estranha, por isso tão atraente. O dedo sobe-lhe os óculos se surge algum contratempo e, porque surge, é subi-los, a ver se o caso se deslinda só com o gesto. Mas não. Óbvio.»
Chamei-lhe tique, afinal. Acontece então o tique durante a preparação de um evento especial, no atrás lá longe já tão comum desta série. O Professor conversa com a Nairóbi. O verdadeiro nome dela é Ágata. Só o Professor sabia os verdadeiros nomes de todos, nessa altura nem nós, importantes espectadores, os sabíamos. Porém, actualmente, todos sabemos os de todos e, na série, alguns personagens já sabem os uns dos outros, o que era coisa proibida. A Nairóbi e o Professor ainda conversam. Ela quer ser mãe de muitos filhos e não lhe importa que não tenham pai. Quer um doador e mostra que quer que seja o Professor. Combinam que assim se fará. O Professor tem um coração de manteiga, por isso é que nós gostamos tanto dele, mesmo sendo um criminoso do caraças consegue o prodígio de ser de boa índole. Não é fantástico, isto de se ser ser humano? É. Porra, olhem só o ambi-coisas maravilhoso que este homem consegue! A Nairóbi quer também uma casa com vista para o mar e um cão e todas essas coisas de sonho.
Uma das reféns, ao limpar uma das salas, encontra o telemóvel que vinha dentro do ursinho que foi oferecido à Nairóbi aquando do momento final da temporada anterior. Esse ursinho simbolizou o filho dela.
A Manila, infiltrada que está, afinal, no meio dos reféns, não aguentou mais esse papel e vai de mansinho ver como param as modas no centro da cena.
A Nairóbi morre.
O Gandia usou-a para se proteger dos disparos de que estava a ser alvo.
A Nairóbi morreu.
Já não vai haver crianças povoando a Terra. Crianças nascidas da Nairóbi e do Professor.
Este episódio termina com imagens bonitas da bonita Nairóbi e até a canção do genérico é, não mais bonita, mas diferente.
7º episódio
Grande prespectiva da cidade de Madrid, eis o começo. Há toda uma catrefada de polícias e militares a postos, armas apontadas à entrada do Banco.
E vai que está tudo aos tiros. Antes o Gandia anunciou ao Coronel (que está na tenda) que havia imobilizado a Nairóbi e a Tóquio. A Nairóbi sei eu que morreu (sabemos todos, a menos que o leitor tenha saltado partes desta leitura magnífica) mas, da Tóquio, não está declarada a morte no filme. E vai que continua tudo aos tiros, polícias e ladrões, pena não ser brincadeira infanto-juvenil. Pois não, não é.
Vamos quarenta e cinco horas antes de tudo o que acabei de descrever?
Vamos!
O Gandia está trémulo, tem dói-dói, que não se viu no filme o dói-dói que é ou como foi feito, mas tem. A Tóquio, prisioneira de correntes e do Gandia, está a jeito de o ver e, irónica, pergunta: Sabes que estás a sangrar como um porco? Mais atrapalhado ainda fica o Gandia, que desmaia antes de espetar a agulha com o líquido que o aliviaria.
O Professor, ao saber do trágico destino (ai, perdoem-me o chavão) da Nairóbi, lembra o trato que fizera com ela - ou seja, dali já não nascerão niños. Sentencia que se vingará de tal modo do Gandia que lhe fará sete vezes pior e que, doravante, actuará em sete passos para terminar o assalto.
Quem substitui a Nairóbi é a Estocolmo, digo eu naquilo de derreter o ouro, ele é o forno e ele é o calor e ele é o brilho dos lingotes e ele é o.
O Gandia lá se faz acordado, lá se injecta. Os assaltantes tiram-lhe os cabos e ele não pode falar com ninguém de fora ou saber de coisa nenhuma.
Abrem-se as portas do Banco para se dar o funeral da Nairóbi. Estão todos em sentido. Até a Lisboa pode ir ver, prestando homenagem. Que humanos de boa índole, podem , afinal, uns assaltantes ser.
Daqueles sete passos que já referi, o primeiro está dado, é o funeral da Nairóbi (não pesquei por que raio o funeral da mulher mais interessante de toda a trama é um dos passos, mas pronto), o segundo é ser espalhada a notícia da tortura do Rio. Pela Imprensa e tal e tal.
Arturito está-se a ver à rasca com o confronto da Amanda. Amanda é aquela que era secretária do Senhor Presidente do Banco Central. Arturito, ludibrioso, havia-a dopado e pôde abusar dela enquanto dormitava. Só que Amanda recorda pedaços desses abusos e agora está naquela de 'ó pá ó pá mas afinal como é?' Ele nega. Cobarde como é só podia, né?
E pronto, Arturito lá se desculpa, armando uma cena igual a tantas - a mulher não fez nada mas está exposta e, envergonhada, sente-se culpada, mesmo não tendo participado em nada.
A Tóquio,algo fingida, pede ao Gandia para a soltar, garantindo que o cura.
Há conferência de imprensa, o Comandante de outros tempos fala ao povo, negando que a Polícia torturou o Rio. Enquanto isso, mala suerte, todos os jornalistas presentes recebem - nos seus telemóveis, tablets, computadores – o vídeo de um turco confessando o que fizeram e como fizeram. O Comandante nega e nega e nega que assim se passou. Perante tanta atenção a dar-se à conferência, na tenda deixa de se dar atenção aos assaltantes e ao que se passa dentro do Banco.
A Alicia é quem vai ser o bode expiatório desta coisa toda porque a vão acusar – tudo bem que foi ela que intentou tudo quanto diz respeito à tortura do Rio – e nota-se já que tudo farão para que ela seja, depois, ilibada. Pois já se sabe que há aquela questão dos Polícias, têm um desconto do caraças nas maldades que fazem (algumas são merecidas, vá, mas dá uma raivinha, não dá?).
A Tóquio está a fazer o que tem a fazer às feridinhas do Gandia. Ou feridonas. Enquanto isso, do lado de lá da parede, os seus amigos, os assaltantes, tudo fazem para a irem salvar. Ela retira os estilhaços do corpo do Gandia e os outros furam a parede. É giro, isto. Agora vai tirar o pior de todos, se errar ele pode ficar paralítico. Ui, ela matou-o! Quero dizer: não sei o matou, mas que lhe deu uma arroxada do caraças, deu.
Quarto míssil. O Professor fala em todas as torres de Madrid onde estão ecrãs. Está a ver-se a cara dele. Vai falar ao mundo, é o que é. Mostra-nos a gravação de quando a Lisboa foi apanhada e fingiram a sua morte. Tudo isso foi ciladas da Polícia, que, no fundo, praticou ilegalidades.
O Gandia, afinal, ainda está vivo. Todos os assaltantes ficaram preocupados porque o querem vivo, morto de nada lhes serviria. E olhem que nem se interessaram pela Tóquio, que era, aliás o mote do quebra-parede. 'Ainda bem que se interessaram também por mim» refere ela, sarcasticamente. Ela e o Rio abraçam-se. É o amor que se têm. Ele corta-lhe as correntes e ela pergunta-lhe pela Nairóbi. A Tóquio ainda não sabe que a Nairóbi morreu. Chora muito, a Tóquio.
E vai o quinto míssil. Chega alguém dos Serviços Internos para buscar a Lisboa. Oh, vão prendê-la. Quando sai de dentro da tenda é aplaudida pelo povo. Incrível. Já escrevi montes de vezes nestes textos relatadores o quanto é incrível que criminosos possam ser, afinal, aplaudidos, admirados e até, pasme-se, amados.
8º episódio
Este episódio começa com uma cena de paneleiragem. O Berlim e o Palermo estão como que a despedir-se. Ora, como se sabe, o Berlim morreu na temporada anterior, portanto, este pedaço está lá longe no tempo. Eram amantes, namorados, marido e marido, sei lá, estão numa cena bué amorosa.
A Alicia, a grávida, está a confessar tudo.
O Marselha prepara-se para assaltar um restaurante chinês. Escrever restaurante chinês, nesta altura (maio de 2020) é estranhíssimo. À conta do vírus do momento, restaurantes e afins, são existências apenas memoriais, imagine-se logo um restaurante chinês... Ai. Este assalto é comandado remotamente pelo Professor, note-se. Portanto: a ideia é finalizar o túnel, que dará acesso ao parque de estacionamento e que se encontra mesmo ao lado do Tribunal para onde a Lisboa está a ser conduzida. Como a imprensa se mantém inabalável da frente do Tribunal, a Lisboa entrará pela porta traseira, que fica ao lado da porta do dito restaurante. Mas está lenta, a escavação.
Eis o Gandia fora de perigo. O Professor assim quis, e todos contra ele, queriam-no morto.
A Lisboa está prestes a comparecer perante o Juiz para ser julgada. E vamos ver.
Este plano foi chamado de Plano Paris porque é a cidade da liberdade e do amor. E eles amam-se. E os mineiros estão quase a chegar à parede do Tribunal. Ora bem, Raquel Murillo, a Lisboa, está então a descrever extensamente tudo quanto é pormenor acerca do assalto, isto com o intuito de ganhar tempo e assim cansar o Juiz e todas as pessoas envolvidas no julgamento.
Por outro lado, a Alicia está a tramar isto tudo, pois claro, afinal convém existir um certo suspense, quando não o espectador abandona o ecrã, o que seria altamente drástico. 'Altamente drástico' é redundante. O drástico é uma coisa alta e grande. Voltando à Alicia: ela está a conseguir cassetes com imagens do tal Antonanzas, o polícia que ajudou a Lisboa a perceber que o Professor estava do lado dela, isto quando ainda na tenda.
Para aquele momento final junto às cancelas, o Marselha pôs-se dentro do carro, acompanhado de uma mulher, música aos berros, para não se ouvir as marteladas. Aguentou, aguentou, Aguentou. Os polícias a mandá-lo baixar o som, ele às goladas de uma garrafa (mas não era de nenhuma bebida alcoólica, claro). Por fim teve que desistir. A ver vou se não foi em vão.
Os mineiros que escavaram o túnel estão agora a construir uma parede falsa para se esconderem lá. É para resgatarem a Murillo. Ai perdão, a Lisboa. Esconder-se-ão todos lá.
O Gandia vai falar. Não posso estender este tópico porque não relatei mais nada acerca.
A Lisboa já está com eles mas não retive como aconteceu (porra, outra vez?! falas falas e não dizes nada...), fica registado que foi uma situação tão enganosa como todas as outras, em todos os finais. Mas ainda não se encontraram, a Lisboa e o Professor. Mas pronto, isto ainda não terminou.
Todos juram ganhar esta guerra, pela Nairóbi. Cá para mim, acaba assim. Por Nairóbi! Por Nairóbi! Por Nairóbi! - gritam.
Ups! A Alicia chegou ao pé do Professor. Xeque-mate, filho da puta, é que ela diz quando lhe chega ao pé. E acho que acabou. Só que não acabou, como já revelei no post anterior. Haverá mais 'La Casa de Papel', essa é que é essa.
5º episódio
A Tóquio, mesmo acorrentada, pontapeia o Gandia como pode. E olhem que pode. Ai pode, pode. Porra, aquilo só pode doer em muito.
Nos tais tempos antigos, em que vigoravam os preparativos do assalto, o Denver e o Moscovo, principalmente este, pedem ao Professor que um tal de Juanito (familiar desses dois que, por sua vez, são pai e filho respectivamente) fizesse também parte do bando. Pronto, saíra da prisão e queria recuperar-se. Sim, esta questão é irónica: como assim recuperar-se a fazer parte de um assalto de tão grande envergadura? O Professor até lhes diz, à laia de abre-olhos: 'Então mas isto é um assalto...'e eis que um deles responde (acho que o Denver): Si, pero es un atraco decente'. Grande argumento, só vos digo, tanto que o Professor anui. Claro que a opinião do Berlim pesou bastante nesta inclusão, já que fez ver ao Professor quão benéfica poderia ser para o bando. Eis que tudo se prepara e espera-se que Juanito se apeie da camioneta. Mas aparece, não um homem, sim uma mulher. E deveras sensual. Juanito havia-se efeminado, outrossim, fisicamente. Ah. É que já dantes era homossexual mas da têmpera oculta, nada revelando. Agora estão primo e tio boquiabertos com a revelação de Manila. Ou seja: Juanito passou a Júlia, que passou a Manila, em termos de assalto. Pronto, tinha que ter um nome de cidade, né? É. En La Casa de Papel es así.
Há agora um julgamento - julgado: Palermo; juiz: o Professor. O Professor anui, novamente, mas por motivos diferentes, perante pessoas diferentes. É preciso manter-se a união, nada que a quebre se quer ver. Ou ter.
A Nairóbi está bem melhor, lá vai ela, na sua cadeirinha de rodas, visitar a fornalha, que é, a bem dizer, o seu posto de comando. Lá chegada vê-os acagaçados com tudo. E por tanto.
(iei!, nunca esta minha piadinha linguista ficou tão bem empregue, iei!)
A Nairóbi palestra eloquentemente e todos voltam ao seu normal. O sangue flui-lhes e boa parte do medo se foi embora. Arribaram, foi o que foi. Parece um treinador de futebol, esta Nairóbi. É tão engraçada. Ouve-se agora a música dos empreendedores, dos corajosos, e derretem mais lingotes.
E agora beijam-se na boca, a Nairóbi e o Bogotá. Oh... Esta temporada está mesmo mesmo mesmo a ser muito novelesca. É amor daqui, é cenazinha erótica dali e tal e tal... Nada explícito, mas.
Há uma enorme explosão dentro de um elevador. Quem abafou a granada foi o Denver e o Rio. Quem a mandou para lá foi o Gandia, só pode. Outros dois se moveram imediatamente para salvar os colegas e o Gandia dispara fortemente para a porta do elevador, a ver se atinge qualquer um dos quatro. Já percebi quais são os outros dois: o Palermo e o Helsínquia.
Este episódio termina com o a Nairóbi a ser atacada por trás pelo Gandia.
6º episódio
O Gandia está agarrado à Nairóbi. Quereis saber porquê, né? Pois que não o sei. Pois que não o registei no relato. Oh, ca pena, pá.
Pela primeira vez, nesta temporada, vejo o Professor fazer o seu mais típico gesto, o que em tempos designei assim:
«… O Professor mantém o tique de subir os óculos com o dedo médio, bem como o drama nos ombros e a determinação na voz. É uma combinação estranha, por isso tão atraente. O dedo sobe-lhe os óculos se surge algum contratempo e, porque surge, é subi-los, a ver se o caso se deslinda só com o gesto. Mas não. Óbvio.»
Chamei-lhe tique, afinal. Acontece então o tique durante a preparação de um evento especial, no atrás lá longe já tão comum desta série. O Professor conversa com a Nairóbi. O verdadeiro nome dela é Ágata. Só o Professor sabia os verdadeiros nomes de todos, nessa altura nem nós, importantes espectadores, os sabíamos. Porém, actualmente, todos sabemos os de todos e, na série, alguns personagens já sabem os uns dos outros, o que era coisa proibida. A Nairóbi e o Professor ainda conversam. Ela quer ser mãe de muitos filhos e não lhe importa que não tenham pai. Quer um doador e mostra que quer que seja o Professor. Combinam que assim se fará. O Professor tem um coração de manteiga, por isso é que nós gostamos tanto dele, mesmo sendo um criminoso do caraças consegue o prodígio de ser de boa índole. Não é fantástico, isto de se ser ser humano? É. Porra, olhem só o ambi-coisas maravilhoso que este homem consegue! A Nairóbi quer também uma casa com vista para o mar e um cão e todas essas coisas de sonho.
Uma das reféns, ao limpar uma das salas, encontra o telemóvel que vinha dentro do ursinho que foi oferecido à Nairóbi aquando do momento final da temporada anterior. Esse ursinho simbolizou o filho dela.
A Manila, infiltrada que está, afinal, no meio dos reféns, não aguentou mais esse papel e vai de mansinho ver como param as modas no centro da cena.
A Nairóbi morre.
O Gandia usou-a para se proteger dos disparos de que estava a ser alvo.
A Nairóbi morreu.
Já não vai haver crianças povoando a Terra. Crianças nascidas da Nairóbi e do Professor.
Este episódio termina com imagens bonitas da bonita Nairóbi e até a canção do genérico é, não mais bonita, mas diferente.
7º episódio
Grande prespectiva da cidade de Madrid, eis o começo. Há toda uma catrefada de polícias e militares a postos, armas apontadas à entrada do Banco.
E vai que está tudo aos tiros. Antes o Gandia anunciou ao Coronel (que está na tenda) que havia imobilizado a Nairóbi e a Tóquio. A Nairóbi sei eu que morreu (sabemos todos, a menos que o leitor tenha saltado partes desta leitura magnífica) mas, da Tóquio, não está declarada a morte no filme. E vai que continua tudo aos tiros, polícias e ladrões, pena não ser brincadeira infanto-juvenil. Pois não, não é.
Vamos quarenta e cinco horas antes de tudo o que acabei de descrever?
Vamos!
O Gandia está trémulo, tem dói-dói, que não se viu no filme o dói-dói que é ou como foi feito, mas tem. A Tóquio, prisioneira de correntes e do Gandia, está a jeito de o ver e, irónica, pergunta: Sabes que estás a sangrar como um porco? Mais atrapalhado ainda fica o Gandia, que desmaia antes de espetar a agulha com o líquido que o aliviaria.
O Professor, ao saber do trágico destino (ai, perdoem-me o chavão) da Nairóbi, lembra o trato que fizera com ela - ou seja, dali já não nascerão niños. Sentencia que se vingará de tal modo do Gandia que lhe fará sete vezes pior e que, doravante, actuará em sete passos para terminar o assalto.
Quem substitui a Nairóbi é a Estocolmo, digo eu naquilo de derreter o ouro, ele é o forno e ele é o calor e ele é o brilho dos lingotes e ele é o.
O Gandia lá se faz acordado, lá se injecta. Os assaltantes tiram-lhe os cabos e ele não pode falar com ninguém de fora ou saber de coisa nenhuma.
Abrem-se as portas do Banco para se dar o funeral da Nairóbi. Estão todos em sentido. Até a Lisboa pode ir ver, prestando homenagem. Que humanos de boa índole, podem , afinal, uns assaltantes ser.
Daqueles sete passos que já referi, o primeiro está dado, é o funeral da Nairóbi (não pesquei por que raio o funeral da mulher mais interessante de toda a trama é um dos passos, mas pronto), o segundo é ser espalhada a notícia da tortura do Rio. Pela Imprensa e tal e tal.
Arturito está-se a ver à rasca com o confronto da Amanda. Amanda é aquela que era secretária do Senhor Presidente do Banco Central. Arturito, ludibrioso, havia-a dopado e pôde abusar dela enquanto dormitava. Só que Amanda recorda pedaços desses abusos e agora está naquela de 'ó pá ó pá mas afinal como é?' Ele nega. Cobarde como é só podia, né?
E pronto, Arturito lá se desculpa, armando uma cena igual a tantas - a mulher não fez nada mas está exposta e, envergonhada, sente-se culpada, mesmo não tendo participado em nada.
A Tóquio,algo fingida, pede ao Gandia para a soltar, garantindo que o cura.
Há conferência de imprensa, o Comandante de outros tempos fala ao povo, negando que a Polícia torturou o Rio. Enquanto isso, mala suerte, todos os jornalistas presentes recebem - nos seus telemóveis, tablets, computadores – o vídeo de um turco confessando o que fizeram e como fizeram. O Comandante nega e nega e nega que assim se passou. Perante tanta atenção a dar-se à conferência, na tenda deixa de se dar atenção aos assaltantes e ao que se passa dentro do Banco.
A Alicia é quem vai ser o bode expiatório desta coisa toda porque a vão acusar – tudo bem que foi ela que intentou tudo quanto diz respeito à tortura do Rio – e nota-se já que tudo farão para que ela seja, depois, ilibada. Pois já se sabe que há aquela questão dos Polícias, têm um desconto do caraças nas maldades que fazem (algumas são merecidas, vá, mas dá uma raivinha, não dá?).
A Tóquio está a fazer o que tem a fazer às feridinhas do Gandia. Ou feridonas. Enquanto isso, do lado de lá da parede, os seus amigos, os assaltantes, tudo fazem para a irem salvar. Ela retira os estilhaços do corpo do Gandia e os outros furam a parede. É giro, isto. Agora vai tirar o pior de todos, se errar ele pode ficar paralítico. Ui, ela matou-o! Quero dizer: não sei o matou, mas que lhe deu uma arroxada do caraças, deu.
Quarto míssil. O Professor fala em todas as torres de Madrid onde estão ecrãs. Está a ver-se a cara dele. Vai falar ao mundo, é o que é. Mostra-nos a gravação de quando a Lisboa foi apanhada e fingiram a sua morte. Tudo isso foi ciladas da Polícia, que, no fundo, praticou ilegalidades.
O Gandia, afinal, ainda está vivo. Todos os assaltantes ficaram preocupados porque o querem vivo, morto de nada lhes serviria. E olhem que nem se interessaram pela Tóquio, que era, aliás o mote do quebra-parede. 'Ainda bem que se interessaram também por mim» refere ela, sarcasticamente. Ela e o Rio abraçam-se. É o amor que se têm. Ele corta-lhe as correntes e ela pergunta-lhe pela Nairóbi. A Tóquio ainda não sabe que a Nairóbi morreu. Chora muito, a Tóquio.
E vai o quinto míssil. Chega alguém dos Serviços Internos para buscar a Lisboa. Oh, vão prendê-la. Quando sai de dentro da tenda é aplaudida pelo povo. Incrível. Já escrevi montes de vezes nestes textos relatadores o quanto é incrível que criminosos possam ser, afinal, aplaudidos, admirados e até, pasme-se, amados.
8º episódio
Este episódio começa com uma cena de paneleiragem. O Berlim e o Palermo estão como que a despedir-se. Ora, como se sabe, o Berlim morreu na temporada anterior, portanto, este pedaço está lá longe no tempo. Eram amantes, namorados, marido e marido, sei lá, estão numa cena bué amorosa.
A Alicia, a grávida, está a confessar tudo.
O Marselha prepara-se para assaltar um restaurante chinês. Escrever restaurante chinês, nesta altura (maio de 2020) é estranhíssimo. À conta do vírus do momento, restaurantes e afins, são existências apenas memoriais, imagine-se logo um restaurante chinês... Ai. Este assalto é comandado remotamente pelo Professor, note-se. Portanto: a ideia é finalizar o túnel, que dará acesso ao parque de estacionamento e que se encontra mesmo ao lado do Tribunal para onde a Lisboa está a ser conduzida. Como a imprensa se mantém inabalável da frente do Tribunal, a Lisboa entrará pela porta traseira, que fica ao lado da porta do dito restaurante. Mas está lenta, a escavação.
Eis o Gandia fora de perigo. O Professor assim quis, e todos contra ele, queriam-no morto.
A Lisboa está prestes a comparecer perante o Juiz para ser julgada. E vamos ver.
Este plano foi chamado de Plano Paris porque é a cidade da liberdade e do amor. E eles amam-se. E os mineiros estão quase a chegar à parede do Tribunal. Ora bem, Raquel Murillo, a Lisboa, está então a descrever extensamente tudo quanto é pormenor acerca do assalto, isto com o intuito de ganhar tempo e assim cansar o Juiz e todas as pessoas envolvidas no julgamento.
Por outro lado, a Alicia está a tramar isto tudo, pois claro, afinal convém existir um certo suspense, quando não o espectador abandona o ecrã, o que seria altamente drástico. 'Altamente drástico' é redundante. O drástico é uma coisa alta e grande. Voltando à Alicia: ela está a conseguir cassetes com imagens do tal Antonanzas, o polícia que ajudou a Lisboa a perceber que o Professor estava do lado dela, isto quando ainda na tenda.
Para aquele momento final junto às cancelas, o Marselha pôs-se dentro do carro, acompanhado de uma mulher, música aos berros, para não se ouvir as marteladas. Aguentou, aguentou, Aguentou. Os polícias a mandá-lo baixar o som, ele às goladas de uma garrafa (mas não era de nenhuma bebida alcoólica, claro). Por fim teve que desistir. A ver vou se não foi em vão.
Os mineiros que escavaram o túnel estão agora a construir uma parede falsa para se esconderem lá. É para resgatarem a Murillo. Ai perdão, a Lisboa. Esconder-se-ão todos lá.
O Gandia vai falar. Não posso estender este tópico porque não relatei mais nada acerca.
A Lisboa já está com eles mas não retive como aconteceu (porra, outra vez?! falas falas e não dizes nada...), fica registado que foi uma situação tão enganosa como todas as outras, em todos os finais. Mas ainda não se encontraram, a Lisboa e o Professor. Mas pronto, isto ainda não terminou.
Todos juram ganhar esta guerra, pela Nairóbi. Cá para mim, acaba assim. Por Nairóbi! Por Nairóbi! Por Nairóbi! - gritam.
Ups! A Alicia chegou ao pé do Professor. Xeque-mate, filho da puta, é que ela diz quando lhe chega ao pé. E acho que acabou. Só que não acabou, como já revelei no post anterior. Haverá mais 'La Casa de Papel', essa é que é essa.
Sem comentários:
Enviar um comentário