quarta-feira, 3 de junho de 2020

nO mOmEntO EstAvA pArcA Em pAlAvrAs




Como anteriormente estipulei, deixei o livro (foto de cima) à mercê do destino que o acaso lhe oferecer. Ena, que frase fantástica. E eu que no anúncio fiz o que fiz. Escrevi o que escrevi, quero eu dizer (foto de baixo).
O local de espera foi o muro de pedra, bem junto ao mais grosso plátano que conheço em Lisboa e defronte da planta à janela. Antes de lá chegar avistei um carro de recolha de lixo urbano. Pensei:
Olha, se tenho vindo mais cedo estes senhores levavam o livro como sendo lixo.
Mas e depois, né? Há quem recolha lixo do lixo por não considerá-lo. Que linda frase. Outra vez. E outra. Enfim, hoje estou esta maravilha. Encontro-me até amiguinha dos parágrafos.
Os senhores acabaram por retirar o entulho antes de eu chegar ao lugar que decidira que seria o do poiso do livro.
Enquanto preparava o cenário (ambas as fotos) aproximou-se um casal com dois filhos, uma a pé e um bebé no carrinho. A menina perguntou à mãe se podiam jogar futebol ali. O 'ali' é o pedaço de relva onde estão assentes alguns plátanos. A mãe anuiu, então jogaram os dois, pai e filha. Pensei:
Olha, agora deixo ficar o aparato – leia-se livro – e ainda algum deles me faz um psst! psst! a julgar que esqueci o livro.
Mas não.

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