segunda-feira, 2 de novembro de 2020

Parede

Numa das paredes, num azul forte, está pintado um campo. Acho graça que, na base, o desenho termina a direito, sem curvas, portanto, o pintor/artista usou de fita autocolante para não borrar a pintura – aqui é que o dito popular fica bem. Tem duas árvores sem folhas (que giro, bem mais fácil de pintar quando nuas, olha a trabalheira de pintar folhas e folhinhas, né?), uma maior que a outra, um caminho com duas curvas e um casarão. Aliás, um grande casarão, tem duas portas, duas janelas e, na lateral, ou seja, em outra parede, um portão para o gado. Há também, e a propósito de gado, um boi (ou vaca, ah ah) que, assim de repente são mas é dois (ou duas...), um(a) atrás do(a) outro(a). Olhei melhor. São ovelhas. Há pedregulhos aqui e ali, uma sebe e alguns juncos. O nome do restaurante tem o 'Campo' em branco e 'do Caroço' em azul, aposto (apôsto, pois) em cima (adoro redundâncias) do branco e, este branco, é a vegetação que faz de base ao desenho na parede. Falta dizer que no cimo do desenho os remates são como calha, presumo que para dar a pala de cimos de vegetação, digo eu aquela situação do acaso, vá, ali mais acima, ali mais abaixo, uma vez que as plantas são umas de uma altura e outras de outra, grossas e finas, mais, ou então menos, raminhos despontando do mesmo pé.

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