sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Dois cantos

Percorri toda a rua onde está a árvore amarela, sei lá, quis saber se os bancos teriam sido jogados para ali algures, num lugar onde a vista não alcançasse, se percorresse o trilho de sempre. Mas não os vi. Ó pá, pronto, é assim: a zona está em remodelações de pavimento há meses e meses, tiraram os bancos dos seus cantos, um estava mesmo por baixo da árvore amarela, o outro no canto oblíquo, estavam realmente envelhecidos, quem sabe afinal tenham sido postos no lixo. Olhem: não acabou a conversa porque ainda quero dizer que desci a rua e desemboquei numa outra que antigamente tinha também bancos de jardim debaixo de árvores, mas bancos, hoje, não os vi. Depois, um pouco mais à frente, parei numa rua minúscula onde antigamente – cá está o antigamente, ah ah – havia um banco de jardim, mas sem o jardim, e hoje nada de banco. Andarão a retirar todos os bancos das ruas daquela zona? Chegarão a retirar os que estão na rua mais bonita de Lisboa? Oh céus.

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