No novo espaço onde a Carminho agora desenvolve o seu labor estético, estava uma antiga cliente minha, que era, invariavelmente, compradora de duas recargas de gás, lembrando barra advertindo em cada compra que se lhe arranjasse botijas baixinhas. O motivo foi explicado apenas uma vez, era por conta de o lugar onde as enfiar ser demasiado baixo, e fique-se então sabendo que aquela marca de gás tinha vários feitios de botija. Hoje, até agora, só escrevi tudo quanto interessa à blogosfera, que eu cá sou boa nisso. Bom. Então. As botijas com aquele feitio eram encomendadas, elevando, portanto, a encomenda a especial, e a vida corria. O marido desta cliente tinha um sobrenome que terminava em 'ão', que era aliás como era conhecido entre as gentes do velho estaminé, e eu, que sempre fui criativa e coiso, quando queria falar na senhora (sem que ela estivesse presente, pois claro) alterava esse mesmo sobrenome para algo lembrador do feminino e que terminava em 'ôa'. Este post é muito bom, bem sei. Bom. Então. Não gosto lá muito de parágrafos, não. Dona Ôa estava então a fazer a sua mise. Sério. Fiquei estupefacta, há anos que não via uma cabeleireira enrolar rolos, perfeitamente alinhados, alegadamente com a mesma quantidade de fios em cada um (eh pá, olhem, se não tinham precisamente a mesma quantidade, parecia!), assim todos muito esticadinhos, sem estarem fora de si, entendem? Depois colocou-se naquele meio ovo gigantesco, vulgo secador de salão de cabeleireiro e ali ficou, lendo. Quando de lá saiu e lhe foram retirados os rolos, havia a cor lilás madeixa aqui, madeixa ali. Que cabeça mai linda! Tudo isto foi por mim assistido enquanto a Carminho me tratava da manicura. Tenho um lindo tom lilás. Desculpem, é que terminar este post em beleza é fundamental. Alusão à canção de outros tempos, pois é. Aparecida somente após o digitar da expressão, acreditem. Não sendo, pouco me importaria confessá-lo. Já agora deixo o vídeo da tal canção a que aludi longe da intenção de o fazer.
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