domingo, 30 de junho de 2019
sábado, 29 de junho de 2019
Noite
Dantes era assim: chegada a hora de deitar, agarrava no caderno e escrevia coisas. Acho que o guardava na gaveta do meio da mesinha-de-cabeceira. Escrevia coisas e era libertador. Agora, no blogue, também o é, mas menos. A percepção, já para não dizer a culpa, de encontrar leitores retira grande parte do prazer do desabafo. Por outro lado... Né...? O mundo é as pessoas, sem elas... Né...? Pá, coiso. Que solidão. Ainda assim.
Post com título
A framboesa é o elemento surpresa desta sobremesa - Disse ele, no seu programa de culinária.
Ou, e mas coiso.
A senhora da caixa do supermercado atentou demoradamente no frasco de gel duche que eu havia posto em cima do tapete. Que giro - disse ela - não conhecia. Mas o giro mesmo giro é que esta senhora não é lá muito expansiva ou intrometida ou comunicativa ou ou, e mas coiso.
Sonho
Sonhei que lidava com um esquentador, tinha que mexer em botões engordurados e isso assim. Já se vê portanto o bom demais que um sonho pode ser.
sexta-feira, 28 de junho de 2019
Na e da cor lilás
Idealizei subir e descer a avenida num instante. Para lá, passaria pelos tapetes na cor lilás e pisaria um a um. Para cá, idem.
E fui.
Para lá, um tapete, para cá, outro. Lá por os tapetes serem muitos a menos do número que eu idealizara, não deixou de ser um a um.
Entretanto, da cor lilás, há que dizer de um campo lourense: está minado de flores com esse tom. Estou para aqui a pensar se será ímpeto idealizar que amanhã o fotografarei. O mais certo é não, pois se estou a idealizar.
E fui.
Para lá, um tapete, para cá, outro. Lá por os tapetes serem muitos a menos do número que eu idealizara, não deixou de ser um a um.
Entretanto, da cor lilás, há que dizer de um campo lourense: está minado de flores com esse tom. Estou para aqui a pensar se será ímpeto idealizar que amanhã o fotografarei. O mais certo é não, pois se estou a idealizar.
Sonho
Sonhei que a família judaica estava à porta do velho estaminé esperando que abrisse portas. Era um magote. Crianças e tudo. Uma algarraza das próprias das famílias grandes. Preparei a entrada, expondo os artigos de estar à porta, o que libertaria o acesso. Depois: não sei. Há a novidade 'família judaica' e e.
quinta-feira, 27 de junho de 2019
Esquecimento
Deixei a chave de casa em casa, que é onde não deve estar, a menos que eu também esteja lá dentro. Felizmente há mais quem chegue a casa ao mesmo tempo que eu e tenha a chave de lá, e isto estando a gente do lado de cá.
homessa, não têm de quê
brigadeiros de coco é:
leite condensado e coco ralado e margarina
não se pode deixar de mexer senão queima
pedi instruções a uma brasileira acerca
há lá melhor gente para estes conselhos, né?
o meu colega lembrou que:
é boa ideia tostar o coco com que se vai cobrir os brigadeiros
leite condensado e coco ralado e margarina
não se pode deixar de mexer senão queima
pedi instruções a uma brasileira acerca
há lá melhor gente para estes conselhos, né?
o meu colega lembrou que:
é boa ideia tostar o coco com que se vai cobrir os brigadeiros
Lanchinho
Lanchei três alperces, dos quais, posteriormente, dispus os caroços à frente do meu colega. Fi-lo cheia de boas intenções mas ele não complementou o gesto com nada de pomposo ou agradável. Eu cá percebo mas é nada de pessoas.
Post frutado
Na frutaria do nepalês estava uma data de gente:
O homem das pizzas, ele e a mulher. Perguntou-me 'então que tal a viagem' e quase rogou 'veja lá se a convence'. Isto porque ele gosta aos montes da cena motard e ela não.
A cliente. Justificou-se 'olhe que eu não me esqueci do que lhe encomendei, só que não tenho estado cá!'
O moço de recados. Pediu 'dê-me uma banana... tenho fome...' e desculpou-se 'estava a brincar' não fosse eu não entender.
A quêrida. Houve aceno mútuo e o 'oi quêrida' habitual. E mútuo.
Fui eu que inventei estas férias
Ver um programa de culinária onde se dizia que as batatas fritas foram inventadas em Antuérpia fez-me perceber que gostaria de lá ir e a ideia fixou-se-me, tanto que se decidiu e organizou a viagem. Entretanto esqueci o que havia despoletado a ideia. Mas é que completamente. Quando a viagem se deu, foi depois de de lá ter partido que lembrei:
Ah, as batatas fritas, pois, as que dizem serem as melhores do mundo, ah pois, pois.
Entretanto, à volta, apeei-me novamente em Antuérpia, que naquela área seria difícil voltar por outro caminho, só que não houve batatas fritas para ninguém, estávamos de pandulho cheio com crepes (outrossim maravilhosos) e já não apeteceu. Quer portanto isto dizer que aconteceu o mesmo que da vez da ida. Não obstante, à ida, acontecera o seguinte: abancáramos num restaurante de beira de estrada e pedíramos um pacote de batatas fritas, e isto sem que ainda me tivesse lembrado acerca do verdadeiro motivo que me havia incutido a vontade de fazer esta viagem maluca. Pronto, seja lá como for, sempre experimentei as batatas fritas, não de Antuérpia, ok e tudo bem, mas lá que foram comidas na Bélgica, foram. Deixo foto de folha que arranquei de um arbusto que alindava o parque desse restaurante. Deixo-a sem filtro porque me convém e deixo-a em triplicado porque tenho saudades de ver uma fileira de uma só foto.
Não sei se no mesmo programa, que já não recordo, o dito visionamento é coisa para ter ocorrido cerca de dezoito meses antes da viagem, vi referência com respectiva reportagem a uma padaria – Kleinblatt - e duas pastelarias – Philip's Biscuits e Desirée de Lille -, que visitámos. Como já acima referi, Antuérpia foi pouso em duas vezes e, na primeira, era domingo, de modo que a Kleinblatt estava encerrada e o mesmo aconteceu com a Philip's Biscuits. Fiquei lixada da vida. Sério. Caraças pá, então guardo eu um papelinho – sim, um dos meus, dos de rabiscar coisas e coisinhazinhas – durante mais de um ano, pesquiso moradas e o camandro e agora não me deleito com aquelas iguarias de que tão bem falaram no tal programa de culinária, não? Mas pronto, à vinda a coisa deu-se. A padaria está cheia de gente simpática e idem para as pastelarias. Os comes, e até os bebes, são maravilhosos... Desculpem, não há adjectivo que lhes faça jus. Não há, daí cinjo-me à maravilha e pronto. É de babar por mais, vá. E é vivaz que as recomendo, todas três.
Janelas
Não olhei ainda para a janela redonda através da minha. Queria tê-lo feito para comparar ontem com hoje. A vida é feita de comparações, sem isso não existo, e depois obrigo-me a fugir daí, que daí vem mal.
quarta-feira, 26 de junho de 2019
Post que ainda está de férias
Este post é alcatroado porque traz coisas que na estrada vi, enquanto me deslocava.
As filas de sementeiras, quando alinhadas, parecem não querer largar-me. Desloco-me e umas dão lugar às outras, incessantemente, parecendo e mostrando-me, afinal, o mesmo desenho listado. Lembrou-me alguém que, quando lhe disse 'estou sempre a fugir das pessoas', atalhou 'mas eu não te deixo ir'. E fiquei. Eu é que não o larguei.
Gosto sempre de ver as velhas estradas que ladeiam as mais recentes. Às tantas são da equipa das sementeiras que expus acima. Não querem deixar ir embora. Só que qualquer estradinha vai embora, né?
De quando em longe encontro um portão que esconde um pequeno prado. Dá-me sempre a impressão que dá abertura para a vida. Que vida, pois, né? Pois é.
Árvores de ramos ralos lá à frente. Uma dezenas delas, para aí. Erguem-se como quem diz 'aqui não furas tu, ai não furas não'.
Montinhos de flores lilases, das quais desconheço o nome, mas sei que não são as lourenses, junto às rochas (pequenas) e que, em determinada perspectiva, aquelas tornavam estas da cor lilás.
Águias com uma envergadura do caraças, o voo da cegonha e os pássaros com algo de azul nas penas. (quão colorido está a ficar este post... que ficou, quero eu dizer)
Um intervalo de tempo chamado férias
Oh, quantas e quantas horas o rato do computador ficou estático... Foram efectivamente muitas. Muitas. Ainda cola à secretária.
Do frio
Janelas
Da janela vejo uma janela redonda, virada para o centro da cidade. O giro é que não espreito de frente e vejo-a redonda. Está bem que vejo a ombreira de um lado e não vejo do outro, a perspectiva é diferente, mas vejo-a redonda e quero é vê-la oval. Tenho que vir cá outra vez.
terça-feira, 25 de junho de 2019
Acontecimentos condizentes
O verniz condiz com as nêsperas que condiz com a camisola que condiz mais ou menos com os ténis.
O verniz condiz (bem) com os ténis que vai-se a ver e condiz (muita bem) com a camisola.
Tratamentos
Lá na Carminho o moço que faz as unhas de gel trata a cliente por amiga e, à colega, também. É uma reciprocidade, afinal amiga isto e ou amiga aquilo pressagia entendimento.
Post com título
(lembrei-me da célebre frase: 'we'll always have Paris', que consta num filme que nunca vi: 'Casablanca')
Prais pesquisar e por fotos
Extadio me msis dacimnente com o vetde mad gosto de ver de tudo
O que eu queria dizer era que me extasio mais facilmente com as paisagens verdejantes e bucólicas e águas de vários tamanhos do que com edifícios e viadutos e monumentos. Ainda assim, gosto de tudo ver. Tudo. Por isso é que não me importo/ei de me desafiar a entrar em lugares cheios de gente, muita falação, muito confinamento. É entrar e ficar e desfrutar. Nem sempre foi fácil, momentos houve em que me apeteceu gritar-lhes 'bazem mas é daqui, isto é meu!' Mas não é. Ou 'quero ficar sozinha!' E seria debalde. Portanto agarrei-me às certezas que levara comigo e vivi tudo como uma pessoa adulta e capaz.
O que está no título deste post é um tópico que apontei no telefone, quando ainda de férias. Não tinha os óculos comigo. Pois era. Na verdade esta é uma desculpa. Desnecessária, até. Ocorre também que os meus dedos estão em desacordo com o tamanho das teclas. Isto é que não é desculpa nenhuma, é o que é. Depois, digitar tão parvamente e obter os resultados que obtenho, como se pode verificar no já referido título, não invalida a leitura e a sua compreensão, ou tampouco me leva a memória, pois logo que abri a notinha do telefone, me lembrei do que queria expor. Pronto, é aquela, isto era tudo coisinhazinhas que era para eu! desenvolver, não mensagem para outrem. E acreditem que a minha caligrafia quando me ponho a rabiscar os tópicos nos papelinhos… Ui. (sim, já aconteceu não saber ler aquilo, já, mas consegui, mediante esforço e tempo)
Estão a ver o ar amalucado desta que escreve, e isto quando está a escrever, né? Então pronto, é isso. A foto não tem filtro nenhum, calhou assim, o Luís andava a fazer experiências com a máquina fotográfica montes de espectacular, a qual já está como que a pedir reforma, ou retiro vitalício. Tadita, já fez tanto.
Estão a ver o ar amalucado desta que escreve, e isto quando está a escrever, né? Então pronto, é isso. A foto não tem filtro nenhum, calhou assim, o Luís andava a fazer experiências com a máquina fotográfica montes de espectacular, a qual já está como que a pedir reforma, ou retiro vitalício. Tadita, já fez tanto.
Agora que já estou em casa e com ele na mão
(em sentido figurado, é bem mais fácil escrever a duas mãos )
Fiz 6176 quilómetros sem o Cartão de Cidadão. Isso – seis mil cento e setenta e seis quilómetros, sem identificação de pessoa cidadã da Europa, e Europa fora– hum-hum. Eu explico:
No dia em que retirei os documentos da carteira para os colocar numa pequerrucha, isto por modo a poupar espaço e peso ao veículo que me transportaria, confundi o CC com a Carta de Condução.
E agora acabo de notar que as iniciais são as mesmas, terá sido por isso a baralhação...? Bah, nop!
Sou mulher para conservar a antiga Carta comigo, sei lá, acho que faz companhia à recente, ensina-lhe coisas ou assim... Bah, nop! São meras parvoíces, meros esquecimentos. Alterei a Carta quando tive que alterar, à conta de ter atingido uns fabulosos 50 anos, e depois a velha Carta, inútil, desarrazoada, para ali ficou, esquecida. O CC foi preciso em Espanha, os espanhóis não dispensam a sua apresentação aquando dos registos de hospedagem. Ora calhou de no primeiro pouso a transação se ter dado sem nenhuma intervenção humana, é que até foto do CC queriam, e eu, toda feita, saco da velha CC, sem notar, notem bem: sem notar que era a CC e não o CC. Bom, a coisa correu como correu, que foi bem, seguiu-se viagem e voltei a precisar do CC novamente em Espanha, à conta de os espanhóis coiso e mais isto e mais aquilo. Quando o dito me foi solicitado pela humana que me atendeu e não o encontrei, é que nem nos confins da minha mala, e sim, despejei tudo para cima do balcão da humana... E vai que não. Não encontrei o CC. Pensei que teria ficado no primeiro alojamento de toda a viagem, o tal espanhol e onde vivalma alguma hay hablado castellano conmigo pero, mediante telefonema esclarecedor, eis que não. E é então que o meu mundo se alumia e rui. Sério.
E estou agora a perceber que há uma forma verbal de ruir que é como um nome. O verbo pode dizer sou como um Rui, longe não estará de uma verdade tola mas e inconsequente.
O mundo alumiou-se-me porque percebi a troca que havia feito e ruiu-se-me porque obviamente... né?, uma pessoa longe do seu país sem identificação? Ó pá, quer dizer...
Bom. Então.
Liguei para a rica filha logo que pude: Olha lá, vai lá aí onde deixei isto assim e tal e vê lá se. Ó mãe, responde ela, agora não dá para ir ver disso mas vou logo que possa. E é então que, logo que pôde, a rapariga me liga e me dá um raspanete: Ó mãe, tu fizeste uma viagem de milhares de quilómetros, sem o Cartão de Cidadão. És uma irresponsável, mãe. E mais isto e mais aquilo e o camandro. Pronto, que querem, é assim a vida, chegados à idade em que os filhos se nos igualam, os papéis invertem-se... Mas eis que tudo se resolveu e acaba-se agora esta conversa. E teria sido bem mais difícil escrever esta trama com ele na mão. Tenho-o na carteira, de lá não sairá, a menos que mo peçam.
Post que ainda está de férias
As árvores francesas, aquelas da sombra e sol e o camandro, foram captadas num não sei quê repos, à saída de Sarrance, França. Na altura tinha feito um texto do caraças na minha cabeça, ah e coiso, logo que possa vou escrever isto e isto e mais isto no blogue, mas depois, como centenas de outras coisinhazinhas, esqueci-me e acabei por fazer uma breve alusão à(s) dita(s). E isto do plural dentro dos parêntesis é por conta de, no momento do clique, o texto que o lbogue... ai perdão, blogue não alumiou serem várias árvores e cores, mas vai que refiro uma e coiso. E vá. Vamos então escrever de outras coisas. Nós todas, as Ginas.
ó pá tóin xiru!
a foto acima não tem filtro, o que tem é uma correção abaixo da minha cintura
a correção acabou por ser colocar uma camada de papoilas no lugar que eu queria corrigir
presumo que o programa vá buscar o 'cenário' que se encontra ao lado do que se quer corrigir
e assim a coisa fica disfarçada
e bem!
ó pá é tóin xiru, oh pois é!
ah
e sim
este é um post que ainda está de férias
eu estava a tirar selfies
o campo de papoilas era dos mais lindos que vi
e o link com as ditas selfies é este
Comidinhas experimentadas
Já experimentei o pão-de-ló feito com farinha integral (assunto que já vem daqui) e não curti a cena. Considerei que a farinha integral lhe dá um travo amargo e também não fiquei fã da textura, é muito seco. Bem sei que tradicionalmente o pão-de-ló não contém gordura nenhuma, é simplesmente um bolo esponjoso e húmido. Olhem, estou para aqui agora a pensar, às tantas deixei o meu demasiado tempo no forno, daí a secura, e eu a culpar a pobre farinha...Oh. Mas poderá ser, quiçá e também, uma questão de marca de farinha, que a que usei é de marca branca, às vezes a gente pensa que as marcas brancas são feitas nos mesmo lugares, e são, e portanto o mais que pode haver é serem executadas usando os mesmíssimos processos e matérias, pode porém acontecer que o facto de os artigos se nos apresentarem mais baratos advenha de alterações nos processos, precisamente para embaratecê-los. Para concluir, se não gostei do bolo, o mesmo não constará no meu canhenho.
Mudanças
Entretanto já subtraí duas cabeças de alho à cesta e guardei o pacote de manteiga no espacinho que fica à frente daquela. Tudo coisinhazinhas de que o mundo tem que ficar conhecedor, senão.
Boa manhã.
Boa manhã é beber o segundo café sem barulho exterior. Digo barulho de TV, Radio, Internet. Só a máquina da roupa a rodar o seu tambor. É que, notem bem, nem era batida de tambor, era rodar de tambor. E foi isso a boa manhã. Se bom dia, porque não boa manhã?
Bom dia!
No móvel da cozinha, mudei os recipientes da posição atravessada para a ao comprido. São caixas sem tampa, com as laterais furadas a fazer padrão. Uma tem três cebolas espanholas. Outra tem uma laranja algarvia, duas maçãs inteiras e uma dentada até à metade. São gala, todas três. Depois, em cima das ripas, estão três laranjas algarvias dispostas ao calhas. Ao lado deste grupo, mas atrás, tenho então uma cesta francesa com nove cabeças de alho portuguesas.
segunda-feira, 24 de junho de 2019
sua majestade faz uns pequeninos trejeitos de dança ao som do bad romance da lady gaga
é coisa induzida pelo gingar do chapéu-de-chuva, que isto a pessoa sempre os usa de pendão, se não estando a chover, como não está
é que nem no estaminé nem nada, incrível...
a foto não tem nada a ver com o post, que desta vez me deu na tola colocá-lo no rectângulo destinado ao título, eu é que andava desejosa de vo-la mostrar e esta ocasião pareceu-me mesmo boa para isso
foi tirada dans le aire de repos de Lugos, France
Bom dia!
Dentro de precisamente seis meses é véspera de Natal. É bem capaz de o tempo estar assim meio coiso como hoje, mas de certezinha que vai estar um frio do caraças. E eu vou estar alegre e triste, com a vontade e a astenia à desgarrada. E nem é questão de memória, afinal a véspera ainda não aconteceu, é comparação, é uma certezinha.
domingo, 23 de junho de 2019
Colagem a três por três
Este é um post que ainda está de férias. Chamei-lhe colagem a três por três porque é o que é, e também é para que saibam que nem sempre apareço nas fotos bué da gira e podre da boa. Com tudo e por tanto, não resisti a pôr uma camadita de pôr-do-sol. Sou mesmo fraca. Nenhum dos cliques é meu e todos, em absoluto, foram clicados sem que me apercebesse. Dos nove, gosto apenas de um e não gosto mesmo nada de um outro. O resto, pronto, é aquela, que se lixe. Mas estes 'gostos' e 'não-gostos' dá uma média porreira, acho eu. Ressalvo ainda que, das fotos em que estou agarrada ao telefone, e que são quatro, estava a escrever. Para vocês, afinal era mesmo para vocês.
Repousando
O cartão da mini máquina, o primeiro, está dentro da bolsa da máquina fotográfica montes de espectacular. Tirei a máquina para guardar o cartão, que assim sei bem onde está.
Estão na caixa
Guardei umas quantas camisolas demasiado quentes para a estação actual. Para tal foi preciso retirar uma caixa que guardo numa prateleira que não alcanço se não subir para uma cadeira. Subi, alcancei a caixa, subi-a e trouxe-a. Quando quis descer a dificuldade aumentou e aí recordei as instruções do meu professor de Pilates: Desça como se estivesse a segurar numa caixa. Use apenas a força das pernas.
Em dia não sei quê foi lembrete
Em dia de hoje foi almoço
«Fazer arroz frito com bacon. É um dos primeiros pratos do lugar onde estou a abastecer o estômago, que não escolhi, mas farei em dia de ficar por casa.»
Foi lembrete de almoço num futuro, que é hoje. Era para juntar os cogumelos mas ficaram no frigorífico. Chamassem eles e.
Foi lembrete de almoço num futuro, que é hoje. Era para juntar os cogumelos mas ficaram no frigorífico. Chamassem eles e.
sábado, 22 de junho de 2019
Grandes filmes
A primeira vez que fui ao cinema vi a Pipi das Meias Altas. Apenas lembro as tranças. Não, há mais: o ar traquinas e o haver peripécias, mas não as peripécias. De rir, também me lembro. De ter ficado muito contente. Tinha sete anos e a vez seguinte ocorreu outros tantos depois, para ver as aventuras de Bud Spencer e Terrence Hill e filmes de artes marciais, cujo elenco desconheço. Não muito tempo depois vi o Silverado, a Academia de Polícia e a Música no Coração, sendo que este não era novidade nenhuma mas era-o aqueles. Depois passou uma data de anos até voltar a entrar numa sala de cinema. Muitos. Se puser vinte, e pus, não vos engano. Não sei para ver o quê, mas sei que vi coisas. E que presumo que me ri, isso também sei.
#semfiltro
Bastante alegre
Estou alegríssima, 'migos. Alegríssima. Tenho uma máquina de roupa seca, apanhada, dobrada e enfiada. Tenho uma máquina de roupa para estender.
Estou mais gorda
Post que ainda está de férias
Tinha três rectificações a fazer no blogue.
Uma era 'les carottes'. Na altura escolhi escrever 'carote'. Bom. Então. Na altura ainda andava às apalpadelas em questões de teclado do telefone e também na de, não só escrever, como escrever. Ok, não se percebe. Então vá. Escrevo quando me encontro no estaminé, não sobretudo mas principalmente, e, se não é aí que estou, o que faço é resumir as ideias e apontá-las nos papelinhos, vulgo bloquinho rudimentar, e posteriormente desenvolvê-las num confortável teclado, apoiada por um velho (mas funcional e portanto fantástico) computador. Entretanto, oh glória terrestre, tanto calquei no tal teclado SwiftKey do telefone (sei lá por quê, agora já não malembra) que descobri que o dito pode sugerir palavras em várias línguas. Desde aí a minha vida correu muito mais bem porque, pelas opções que escolhi, as palavras em francês e inglês que me fossem sugeridas estariam correctas. Tivesse eu já atingido este patamar e saberia que carottes é carottes, não é carotes. Mas, como já disse, desde que descobri esta faceta do meu telefone, vivo muito mais tranquila. Entretanto, e assim sendo, consegui que os acentos avec le contraire nos és, tipo assim: è, pudessem também ser apresentados. Só não me vou certificar de os tiles nos énes (aqueles da língua espanhola) também já dão para fazer porque estou com preguiça e, ademais, rectificando os posts onde eles estão ausentes e faziam lá falta… afinal até não fazem. Pois. É que tiraria rigor aos posts em questão, uma vez que mencionei: oh porbre de mim que estou a escrever esta porra mal mas não tenho como emendar e mais isto e mais aquilo.
Duas era 'au revoir mes sieur dame'. Andei eu convencida que a primazia era dada à dame e afinal o sieur é que a leva. Oh. Na altura do registo concluí automaticamente que a etiqueta manda as senhoras à frente mas, entretanto, de tantas vezes ouvir a expressão, percebi que me enganara.
Três é 'Lion' Aqui foi preguiça. Andei a magicar se seria Lion ou Lyon. Ó pá, ó Gina, Lion ou Lyon, perguntei-me eu algumas vezes. E era Lion. A sugestão da minha cabeça estava errada. E já corrigi tudo, notem bem que.
Acordos de potes
É muito de acordo um champô e um amaciador justo ao pé do pote da mistura de sal e alho, do pote do louro. E por potes: então e uns pauzinhos, de sushi e virgens, enfiados no intervalo entre os dois potes de tinta para caneta, que por sua vez são ladeados pelo suporte barra encosto de sobrescritos? Ui. Tanto.
Máquinas em movimento
E pronto, pensou-se que o melhor a fazer era pôr as máquinas em movimento, a da minha cozinha no lixo e a da Picheleira na minha cozinha. Num repente concluiu-se: eh pá, espera lá, então. Hum, é bem capaz de ser muito mais fácil a máquina vir da Picheleira cá para casa do que ir a gente com a roupa na mão para a Picheleira. E é assim que, a partir de hoje, tenho como que uma máquina de lavar roupa nova. A máquina, que a roupa, pronto, coiso.
sexta-feira, 21 de junho de 2019
Post que ainda está de férias
Quando ontem percorri vários quilómetros e avistei umas palmeiras com os ramos de baixo caídos...
Mais: mortos.
E, por isso, acinzentados, lembrei-me da enxurrada de ideias que tinha a cada dez centímetros percorridos, aquando das férias.
Ele era árvores e não só, ele era, em justo dizer, tudo.
Nem todas vieram parar ao blogue, o que lamento, como sei que sabem.
Mas olhem que levarei mais uns quantos dias sem largar este assunto, há ainda coisinhazinhas das quais quero deixar registo.
Post que ainda está de férias
Há tempos falei no blogue acerca de um amigo do Luxemburgo, com quem, por casualidade, almoçámos, e que às tantas a gente ia lá parar a meio da viagem e mais não sei o quê. Pois bem, fomos. E agora, não só conhecemos a pessoa... Vou chamar-lhe Pascal. E agora, não só conhecemos o Pascal de vir aqui de visita não sei quantas vezes por ano, como conhecemos o meio em que vive, o seu lugar e o seu pouso. E o seu restaurante. Não sirvo para fixar o que como quando ando em férias (mas lá fiz um post, que está aqui), isto em matéria de entradas ou pratos principais, já para as sobremesas o caso muda, pois geralmente fico com memória delas. Por isso é que das ditas não registei no blogue porra nenhuma, mas sei o que comi. E sei que o Pascal não mandou sair as sobremesas que constam no menu habitual, mandou-as fazer conforme o que considerou que nós gostaríamos. Tratou-se então de morangos com gelado e chantili e ananás grelhado com molho de caramelo, que estava bom, sim senhoras e senhores, mas o que foi mesmo bom bom bom foi ver a alegria com que fui recebida. Isso conta muito. Muito. Ah, e o Luxemburgo teve muito que ver, é bonito, afinal. Olarila.
Bom dia!
Ainda sinto o ímpeto de apalpar o bolso do blusão para me certificar da presença do telefone. Isso e jogar as mãos atrás, não vá - fosse - os alforges terem caído. São gestos que estão guardados. Levarei dias a reconfigurar a minha vida. Au eva, ambos os gestos podem ter sido sugestionados por uma matrícula belga que avistei no acesso ao IC 17.
quinta-feira, 20 de junho de 2019
Novidades
De novidades a rica filha diz que descobriu que a vizinha do quinto fuma. Afinal. Eu digo que notei que o manjerico que a vizinha do prédio ao lado tem à janela cresceu pra caraças. Notícia.
Bom dia!
O pequeno almoço foi uma laranja. Era uma peça que estava de resto, em questão de armazenamento da rica filha, aquando da sua gerência doméstica. Era boa. Quando a vi tão grande pensei: hum, vais ser seca. Mas não. E agora café. Fiz duplo mas não foi por saudades, foi porque não sei do coisinho que faz só um. E agora vou coiso. Ah, o café veio de Zwolle. Chama-se Esperienza e contém em si notas de cacao, karamel en peper. Devia ter trazido mais, mas como é daqueles moídos na hora, perderia propriedades. É mesmo bom. E agora é que vou coiso.
quarta-feira, 19 de junho de 2019
De blogues
Hoje dei um avanço do caraças à leitura dos blogues. Sim, eu andei ocupada, mas gosto de vocês na mesma. Ah, e vou lá atrás onde larguei a leitura.
Desalinho
Aparentemente a vizinha Gislena é uma daquelas pessoas que se incomoda verdadeiramente com o desalinho.
Olhe, disse ela, apontando o dedo, o seu casaco está mal apertado.
O botão não se encontrava de bem com a casa, é o que era.
E sim, hoje revi também a vizinha Gislena.
Pela minha zona
Pela minha zona está tudo bem. Já revi:
o velho estaminé (não toma jeito, nem jeito nem pessoas)
Batman (que quis saber quantas horas é daqui à Holanda)
sua majestade (anunciou telefonicamente a cônjuje que eu havia chegado hoje de Paris)
o nepalês (da frutaria: duas maçãs e quatro bananas)
Rosa (que me acenou do outro lado da avenida)
Friga (e cheia de frio que ela ia?)
o banco hater (sempre disposto a acolher-me enquanto rabisco)
o latim (é cá de uma luz...)
a árvore amarela (a árvore portuguesa)
Saudações amigas, amiga!
o velho estaminé (não toma jeito, nem jeito nem pessoas)
Batman (que quis saber quantas horas é daqui à Holanda)
sua majestade (anunciou telefonicamente a cônjuje que eu havia chegado hoje de Paris)
o nepalês (da frutaria: duas maçãs e quatro bananas)
Rosa (que me acenou do outro lado da avenida)
Friga (e cheia de frio que ela ia?)
o banco hater (sempre disposto a acolher-me enquanto rabisco)
o latim (é cá de uma luz...)
a árvore amarela (a árvore portuguesa)
Saudações amigas, amiga!
O registo da secretária
Venho registar que a minha secretária está clara, nada escura, como a recordei aqui, qual quê. Revi até algo que me fez sorrir, o espécime de que falei há uns posts atrás. Cá está o lembrete que tinha deixado para não me esquecer. E não vou esquecer, um dia tiro fotos ao espécime, só não dá é para ser hoje.
As sobras da roupa lavada
Ela trouxe:
3 cuecas
1 sutiã
1 meias
3 t-shirts
Ele trouxe:
1 cuecas
1 meias
Bem sei que se podem retirar daqui umas quantas ilações, mas, a minha, é que é uma questão de proporção para com as quantidades levadas. E lavadas.
Bom dia!
De pequeno almoço podia ser uma fatia de pão comprado naquele supermercado onde o meu capacete rolou. Mas não, é uma fatia de pão de Mafra com manteiga e uma caneca de chá verde. Este sim, veio de férias, estava num cestinho de boas vindas e achei que ficava lá mal. É muito verde, o pacote, deve ter matcha, de esverdeado que está. Quem mo deu foi aquela senhora barra anfitriã onde me alojei quando em... Vou ver. Olha a paneleirice da linha cronológica que Mr Google me concede! Polsbroek. Aí. Mas encontrei-o no blogue, não na tal linha. Estou de férias. Na cabeça estou , mas não no corpo. Queria sumo de laranja. Hum. Nem gosto de chá. Vou coiso.
terça-feira, 18 de junho de 2019
YAY!
Estou em casa.
Digitando coisas no meu teclado com seis meses.
Liso, lisinho.
Um conforto.
Uma categoria.
Até o som é fixe.
É certo que não sugere palavras em língua nenhuma, que não é um SwiftKey, mas é um gosto pousar os dedos em teclas largas.
Pronto, deixo então uma imagem que cá ficou desde o dia em que fiz o post de despedida, pensando que talvez não fosse fácil arranjar Wi-Fi nos alojamentos onde pousaria e assim me manteria longe da blogosfera, mas afinal havia. Foi fácil. Fui sempre escrevendo isto ou aquilo, mas menos do que desejaria.
Esta imagem ficou por publicar porque no tal dia publiquei outras três dentro do mesmo género e achei que talvez não fosse boa ideia pôr tantas coisas de cores garridas no mesmo post, se ainda por cima eram sobre o mesmo assunto:
eu, YAY!, férias, esperem que eu volto, voltarei, ai que saudades vou ter disto mas é tão bom correr mundo
Ah, estão 19º em Loures e o céu está nublado.
Ainda estou de férias
Ainda que o estar de férias suponha ter mais tempo livre, a verdade é que, desde que lhes dei início, não tenho lido blogues. Nem um. No entanto, alguns leitores têm-me dito que estão comigo nesta viagem. Ou seja: sinto-me uma miúda do secundário, uma daquelas montes de popular, todos querem andar comigo e eu não lhes ligo nenhuma. E nem é preciso. Seguem-me até com gosto, mesmo eu escrevendo tão pouco como tenho escrito. Gostam. Dizem-me coisas. Eu, por minha vez, digo-vos agora o seguinte: acreditem que vos daria conta de tudo quanto vejo e sinto, mesmo que ninguém se me mostrasse em comentários. Pronto, sabem como é, sou grafómana. E solitária. Mas estou-vos muito agradecida pela companhia que me têm feito, não esperava tanto.
Pessoas
Em Fleury-les-Aubrais havia duas grafómanas ➡ uma a digitar no telefone, outra com caneta e papel. Da do telefone nada tenho a dizer acerca do que escreveu. Da da caneta e papel digo que o resultado foi uns quantos rabiscos em espiral, tantos que de branco de papel e de tinta de caneta a coisa estava meio para meio, e uns poucos de números abonecados. Por si, uma e outra lá se amanharam a escrever des choses.
Em Amsterdão, numa cafetaria cute até dizer chega, falei com uma simpática senhora about the lugar. It's very, very cute, but it's also... E, como não me lembrava da palavrita que designaria apertado, fiz o gesto de aproximar e afastar as mãos. Mas eis que a senhora me completou o discurso - tight. Yes, exclamei, e sendo assim falta ali um ponto de exclamação, mas oh. Quando a refeição dela chegou, ficou espantada com o que lhe trouxeram, it's not what I expect... Mas não reclamou, constatou, provou, aprove-lhe e comentou: hum, it's good, it's sweet. E a conversa era comigo, era. Não é preciso sair do meu país para conversar, bem sei, mas.
O recepcionista do hotel do Luxemburgo era tão snob que se snobismo fosse água ele estava todo encharcado e jamais secaria. O do hotel de Chasseneuil-du-Poitou também era um bocado disso, mas tinha montes de piada.
Em Amsterdão, numa cafetaria cute até dizer chega, falei com uma simpática senhora about the lugar. It's very, very cute, but it's also... E, como não me lembrava da palavrita que designaria apertado, fiz o gesto de aproximar e afastar as mãos. Mas eis que a senhora me completou o discurso - tight. Yes, exclamei, e sendo assim falta ali um ponto de exclamação, mas oh. Quando a refeição dela chegou, ficou espantada com o que lhe trouxeram, it's not what I expect... Mas não reclamou, constatou, provou, aprove-lhe e comentou: hum, it's good, it's sweet. E a conversa era comigo, era. Não é preciso sair do meu país para conversar, bem sei, mas.
O recepcionista do hotel do Luxemburgo era tão snob que se snobismo fosse água ele estava todo encharcado e jamais secaria. O do hotel de Chasseneuil-du-Poitou também era um bocado disso, mas tinha montes de piada.
Vai uma beca?
segunda-feira, 17 de junho de 2019
Adoro quando olho para a montanha mais longínqua e posso pensar: Mira al frente... Hay Portugal 🇵🇹
Sim, estou em Chaves. Desconheço se mais alguma estrada de Portugal começa aqui, mas, havendo, não deixa de ter uma certa lógica, afinal este ponto do país é uma espécie de começo.
Estou toda nacional, 'migos, qual estrangeira na Europa, qual quê.
Ah, das estradas retratadas, da primeira conheço a existência há vários anos, da segunda descobri-a hoje, por acaso. Andávamos por aí e tal, e olha, mais um zero que começa aqui.
Adenda: parece que as duas estradas se ligam lá mais a sul, mas não vou pesquisar, por ora este assunto fica no futuro.
Minudências
De manhã saí de Andoain pela fresca. Estavam 15°, mesmo bom para viajar. Ontem à noite não me apeteceu vir para aqui manifestar-me acerca do estado do tempo, de maneiras que fica a questão abordada só assim. Andoain é um lugar onde as placas dizem kontuz atèncion, parka naturala e autobia. Isto só a título de exemplo, que no mais só fixei gogo qualquer coisa, numa placa com um bambi adulto, e nie, ou coisa no género, e isto quando a ideia era aconselhar os condutores acerca da melhor velocidade a procurar e a manter. Já agora, autobia fez-me lembrar a minha ti Bia, não há vivalma com origens no Sul que não tenha uma, logo: coiso.
Na A1, ao quilómetro 392, as giestas eram tantas que o cheiro delas era fortíssimo. Ao quilómetro 332 idem. Na SU-30 e A-231, pumba, mais giestas e cheiro em muito. Depois percebi que não cessariam de me aparecer tão depressa. Umas bem arredondadas, outras esventradas, outras só feias, ou ligeiramente inclinadas. Contudo, cheirosas, sempre.
Achei vinte cêntimos no chão de la gasolinera de Becilla de Valederaduey. Alguém que se acuse, em querendo reavê-los.
Fazer arroz frito com bacon. É um dos primeiros pratos do lugar onde estou a abastecer o estômago, que não escolhi, mas farei em dia de ficar por casa.
Na A1, ao quilómetro 392, as giestas eram tantas que o cheiro delas era fortíssimo. Ao quilómetro 332 idem. Na SU-30 e A-231, pumba, mais giestas e cheiro em muito. Depois percebi que não cessariam de me aparecer tão depressa. Umas bem arredondadas, outras esventradas, outras só feias, ou ligeiramente inclinadas. Contudo, cheirosas, sempre.
Achei vinte cêntimos no chão de la gasolinera de Becilla de Valederaduey. Alguém que se acuse, em querendo reavê-los.
Fazer arroz frito com bacon. É um dos primeiros pratos do lugar onde estou a abastecer o estômago, que não escolhi, mas farei em dia de ficar por casa.
Cães e Pessoas
Para sempre recordadrei le chien de Seissan. Não cheguei a perguntar-lhe o nome, por saber de antemão que mo não diria. Não cheguei a perguntar à dona porque não. A dada altura ela desculpou-se com um 'oh, il passe partout!' e eu percebi que estava a chamá-lo de Barto (Bárretô), só que não. Em França les chiens andam livremente pelos espaços comerciais, mesmo os relacionados com a hotelaria, agora se a legislação permite ou não, hum. Mas este cãozinho era vraiment amistoso.. Lembro-me dele a rondar a mesa onde jantei, esperançado de lhe ser oferecido algum pedacinho. Disto ou daquilo.
Este item é que já não sei onde foi vivido. Eu tinha entrado numa recepção para apreçar a estadia e enquanto falava com a senhora dois cães assim para o grandinho mostraram jeitos de não me quererem por perto. 'Oh, les chiens!', exclamou a senhora. A piada que teve foi o tom de voz ser de ralhete. Sei lá, talvez assuma automaticamente que a frase oh les chiens seja algo fofinho para se dizer aos bichinhos. Só.
Este item é que já não sei onde foi vivido. Eu tinha entrado numa recepção para apreçar a estadia e enquanto falava com a senhora dois cães assim para o grandinho mostraram jeitos de não me quererem por perto. 'Oh, les chiens!', exclamou a senhora. A piada que teve foi o tom de voz ser de ralhete. Sei lá, talvez assuma automaticamente que a frase oh les chiens seja algo fofinho para se dizer aos bichinhos. Só.
Post cagado
Post 6204 com 3392 quilómetros
O lugar mais longe de casa que estive até hoje foi Zwolle. Para lá chegar percorri 3392 quilómetros. Não está medido em linha recta ou tampouco no melhor caminho para lá chegar, está medido no caminho escolhido e pronto, mas acrescento que a diferença entre a distância do comum percurso e a do escolhido é de uns 1000 quilómetros.
Oh céus!
As nuvens são uma existência celestial. São impalpáveis, voláteis, imprecisas. Mas digo celestial de céu e de Céu, que é coisa que a gente sabe lá se existe né? Assim são as nuvens. E se o céu está tão parecido ao Céu, para mim e neste exacto momento, afinal o mundo até está bem montado.
Post de aperto
Em cada troço de viagem, tipo assim logo ao início, ouço a pertguntinha que me chega através do intercomunicador:
Apertaste o capacete?
É que eu sou tão certinha que.
Já agora fica neste post que devido a isso mesmo de eu ser tão certinha que, deixei-o cair. E caiu tanto mas tanto que rolou por ali fora, atravessou o lugar onde se estacionam os carrinhos de supermercado. Aquelas coberturas próprias para o enfiamento dos ditos, sabem? É certo que o enfiamento era curto, daí o rolar e rolar.
Apertaste o capacete?
É que eu sou tão certinha que.
Já agora fica neste post que devido a isso mesmo de eu ser tão certinha que, deixei-o cair. E caiu tanto mas tanto que rolou por ali fora, atravessou o lugar onde se estacionam os carrinhos de supermercado. Aquelas coberturas próprias para o enfiamento dos ditos, sabem? É certo que o enfiamento era curto, daí o rolar e rolar.
domingo, 16 de junho de 2019
Brincadeira
Configuração
Quando entrei no Lyon d' Or estava o Ed Shreran a cantar sei lá que canção, sei é que foi um gosto. Por mais boas e intensas que sejam as férias desta que escreve, a dada altura há-de sentir falta da configuração habitual. Depois passa-me, há que aproveitar isto, o ser bom e intenso.
Podia ser um
Podia ser um belo dia de praia, mas não, é vista a acrescentar ao rol.
As fotos abaixo não têm filtro, é ressalva que faço mais para minha memória futura do que para informar os leitores.
Já esta a seguir tem um ganda filtro porque. E foi tirada no mesmo lugar: Bidart, France - e momento: 16 de Junho de 2019, 16:50 - mais coisa, menos coisa.
As fotos abaixo não têm filtro, é ressalva que faço mais para minha memória futura do que para informar os leitores.
Já esta a seguir tem um ganda filtro porque. E foi tirada no mesmo lugar: Bidart, France - e momento: 16 de Junho de 2019, 16:50 - mais coisa, menos coisa.
Post mijado
Confesso que não temo lá muito o ar livre para esvaziar a bexiga pois estou certa que muita moita haverá capaz de me conceder esse alívio. Nestas férias tenho vivido então estas circunstâncias amiúde, mas nem sempre consigo que o lugar seja totalmente protegido, o que, e outra vez me confesso, me importa poucochinho. Numa dessas vezes de pouca proteção, mas tipo assim mesmo poucochinha, hesitei um bocado. Um bom bocado, até. Enquanto me resolvia a efectivar a coisa, lembro-me de pensar que quanto mais tempo eu gastasse em hesitação, mais probabilidade de, na eventualidade de alguém se aproximar pela casualidade (ai credo, tanto 'ade', mulher!), menos tempo teria. Entretanto ouvi o canto de um pássaro que na minha cabeça soou como vite! vite! vite! Mas agora acho que era só eu a pensar, o pássaro, o que queria, era cantar. Homessa. Então.
sábado, 15 de junho de 2019
O eu e a seta e afinal é capaz de ser l'eau
Lá em Fleury-les-Aubrais pintaram um 'EU' e uma seta no chão, que apontava para cima como quem dá razão às letras. Fiz logo um filme na minha cabeça, que me pareceu grande e em grande, que aquilo era obra de algum português com saudades de palavras portuguesas, e depois continuei o filme concluindo que o escrito estava junto a uma tampa de esgoto e aquilo era obra de alguém com preguiça de escrever eau.
O estado do tempo
À saída de Tours, pelas 17h, Mr Google contou-me que estavam 21° e o céu se encontrava muito nublado. Agora já vem com outra história: ó Gina, em Chasseneuil-du-Poitou, amanhã, estará mais 2° do que hoje, e olha que o céu, esse, vai mostrar-se parcialmente nublado.
(pronto, sabem como é, aquilo de eu só por no blogue assuntos com montes de interesse e não sei quê)
(pronto, sabem como é, aquilo de eu só por no blogue assuntos com montes de interesse e não sei quê)
Les rappel
Les rappel com uma viatura aos ésses em modo aviso de piso eventualmente derrapante par temps de pluie
Les rappel com um joyeux bicho que ainda por cima salta elegantemente
Les rappel com números em modo lembrança ao limite de velocidade - fait attention!
Les rappel com duas viaturas lado a lado que estão na enga de proibir a ultrapassagem, e já se sabe que la voiture rouge c'est la que está transgresse.
Les rappel com um joyeux bicho que ainda por cima salta elegantemente
Les rappel com números em modo lembrança ao limite de velocidade - fait attention!
Les rappel com duas viaturas lado a lado que estão na enga de proibir a ultrapassagem, e já se sabe que la voiture rouge c'est la que está transgresse.
Bosque 🌲 🌳 🌿 ☘️
Hoje foi dia para avistar bosques e bosques e bosques. Achei piada à paisagem que a dada altura se me mostrou, parecia a Suíça, os terrenos elevados e as árvores, que podiam estar espaçadas, tudo bem, mas a distância fazia-as parecer juntas, juntinhas. Juntinhas.
Nota: tanto o título deste post, como o parágrafo acima, aconteceram fora desta data. O título então foi há montes de tempo, nem sei porque é que o compus mas sei que o compus ainda no tempo em que costumava alindar os posts com emojis e isso. Foi ali tipo assim logo ao início da viagem... Até parece que passou muito tempo... Entretanto foi ficando e num outro entretanto vivi o tal parágrafo.
Nota: tanto o título deste post, como o parágrafo acima, aconteceram fora desta data. O título então foi há montes de tempo, nem sei porque é que o compus mas sei que o compus ainda no tempo em que costumava alindar os posts com emojis e isso. Foi ali tipo assim logo ao início da viagem... Até parece que passou muito tempo... Entretanto foi ficando e num outro entretanto vivi o tal parágrafo.
O estado do tempo
Menos dois graus em Fleury-les-Aubrais para hoje, dizia ontem Mr Google, e o céu estaria parcialmente nublado. O céu está limpo, afinal.
sexta-feira, 14 de junho de 2019
D97, km 13, um bambi. Um bocado indeciso no andar. Infantil.
Jamais conseguirei registar tudo. Jamais. Em Paris, um dos plátanos tinha um raminho partido, mas pendurado porque as folhas se entrelaçaram. Fixação da natureza, pronto. Aqui, onde estou agora, encontrei uma linha de comboio fora de funcionamento. Pintei-a e horizontalei-a*. Achei boa ideia. *Pronto, já sabem que não me desculpo com o meu tolo português.
Um monte de ferro a pintar o céu
Queria ter publicado este post em directo, só que a logística barrou-me. A logística e o bom-senso, há que manter os dados móveis para uma eventual emergência.
Estou debaixo da Torre Eiffel, 'migos. Sempre quis voltar a Paris e cá estou eu, escrevendo um post, em parte composto enquanto me encontro debaixo da Torre Eiffel (mais ou menos esta parte, a daqui em diante, vá, et oui, je suis à Paris). No caminho até aqui lembrei-me de um dos posts que publiquei esta manhã (onde pedi pardon pour mon français) e concluí que, quando não me senti na obrigação de me desculpar pelo português absolutamente parvo que às vezes coloco no blogue (e que coloquei nesse mesmo post), foi porque a língua portuguesa é a mãe das Línguas, a minha. Portanto: quando escrevo estou em casa, e uma pessoa lá se vai desculpar por arrotar na casa da mãe? Não, né?
E agora, que estou cerca de cem quilómetros de Paris, é que vou publicar o meu postzinho, juntando uma foto captada do ponto exacto onde o escrevi.
Estou debaixo da Torre Eiffel, 'migos. Sempre quis voltar a Paris e cá estou eu, escrevendo um post, em parte composto enquanto me encontro debaixo da Torre Eiffel (mais ou menos esta parte, a daqui em diante, vá, et oui, je suis à Paris). No caminho até aqui lembrei-me de um dos posts que publiquei esta manhã (onde pedi pardon pour mon français) e concluí que, quando não me senti na obrigação de me desculpar pelo português absolutamente parvo que às vezes coloco no blogue (e que coloquei nesse mesmo post), foi porque a língua portuguesa é a mãe das Línguas, a minha. Portanto: quando escrevo estou em casa, e uma pessoa lá se vai desculpar por arrotar na casa da mãe? Não, né?
E agora, que estou cerca de cem quilómetros de Paris, é que vou publicar o meu postzinho, juntando uma foto captada do ponto exacto onde o escrevi.
Bonjour, je suis Marianne! C'est moi qui va vous donner le petit déjeuner !
Sumo de laranja natural. Oh porra pá, mas ca sódades, oh ca sódades! Confiture de fraises et de apricot. Beurre boa pra caraças. Até os folhados de compra são bons. O café é que prontos, né? Mas marimbo, afinal não tarda posso afogar-me num alguidar cheio de cafézinhos. À toute façon, está sol. Ah, pardon mon français, sei lá eu se. Pardon. Com tudo, do português tolo apresentado neste post não careço de desculpas, que é lá isso.
O tempo que faz
Para Blicourt, ontem Mr Google anunciava que a temperatura subiria três graus. Questão que não vou poder conferir porque zarpo não tarda. Eu não estou em Blicourt, Bilcourt é, presumo, a cidade mais próxima, digamos que assim a mais importante, ou a importante que mais perto está desta aldeiazinha: Regnonval.
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