Notei que uma mesma imagem fazia a publicidade ao espaço, tanto dentro, como fora. Se cá dentro estava a enorme fotografia bem à vista do freguês, já lá fora, haviam-na colado no vidro. Comecei por verificar que uma contrariava a outra, as franjas dos modelos fotográficos eram siamesas, um espelho de si mesmas (siamesas si mesmas...? hum... ai isto das palavras, pá!). Depois percebi que eu estava no privilegiado lugar de onde se avista duas perspectivas, uma com a imagem regular, a postos de ser admirada pelo mais comum dos seres, e a outra, não deixando de poder ser admirada da mesmíssima forma, ok, mas por quem está do lado de fora, que é o contrário de quem está de dentro. Sim, bem sei, neste blogue há sempre novidades e pontos deveras interessantes.
Entretanto, para que eu própria supere o interesse que este blogue costuma ter, acrescento que precisamente ontem me observei num espelho e tirei conclusões erradas. Ou contrárias. Na sala de aula do Ginásio há duas das paredes que são espelhadas e eu, que esperava sentada a hora de começar, notei que num dos espelhos aparecia um pé e no outro uma mão. Mexi o pé a ver o que dava e não deu nada. Mexi uma mão a ver o que dava e nada deu. Achei aquilo muito estranho, tanto que repeti os gestos. Nada. Mau maria, atão mas que merda vem a ser esta? Era que um dos espelhos reflectia o outro, deixando portanto eu de estar espelhada. Hum-hum, isso mesmo, quando mexi o outro pézinho e a outra mãozinha foi pumba e coiso.
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