segunda-feira, 29 de julho de 2019

Gina, a desmancha-prazeres de La Casa de Papel

1° episódio
O Berlim, acho que, é maricas.
O Professor mantém o tique de subir os óculos com o dedo médio, bem como o drama nos ombros e determinação na voz. É uma combinação estranha, é, por isso tão atraente. O dedo sobe-lhe os óculos se surge algum contratempo e, porque surge, é subi-los, a ver se o caso se deslinda só com o gesto. Mas não. Óbvio.
A Tóquio é ainda triste.
A Nairobi é ainda desempoeirada.
O Rio é ainda um menino.
O Denver é ainda um gaiato.
O Helsínquia é ainda tolo.
A Lisboa afinal é a inspectora. Digo afinal porque julgo que o nome dela não era esse nas temporadas anteriores.
A trama começa quando cai um fruto (vamos pensar que foi um coco) ao lado da cama de rede onde Tóquio relaxava das tumultuosas vivências anteriores. O coco faz-lhe acontecer assim como que uma vontade irresistível de regressar ao tumulto e depois a coisa não corre lá muito bem, o que é esperável, pois, quando não, o mundo estacaria.

2° episódio
O Berlim é mesmo! maricas e morreu mesmo! O modo de ele aparecer ainda no ecrã é andar com a história para trás, quero eu dizer que se vai buscar circunstâncias de quando ainda nem era a temporada 1, era a 0... Ou a 00, vá.
O Palermo era o gajo do Berlim e o Berlim era irmão do Professor.
O Palermo aparece agora no comando da operação, tal como fazia Berlim. Estou descontente com esta semelhança. É certo que as falas daquele são mais másculas, bem longe da sedutora maneira de ser deste, mas pronto, assemelham-se e não gosto.

3° episódio
O Rio é torturado por uma inspectora que está no fim da gravidez. Nem sempre é fofinha por completo, muito embora a barriguinha plante muita fofura no meu coração à força. Mas olhem que não, 'migos, olhem que não.
A Nairobi trouxe com ela duas barras de ouro, isto aquando da incursão ao cofre mais cofre de Espanha. Foi após o melhor soldador do mundo, o Bogotá, ter conseguido romper uma parede com 14 centímetros (salvaguardo possível erro numérico) de espessura com um maçarico. Que lindo cilindro de fogo se viu no ecrã, resvalando para dentro do tal cofre, que ao momento era já uma piscina por obra da invasão de propriedade que fez actuar essa medida de segurança. E era para morrer tudo afogado. Só que não. Nairobi atirou-se à piscina e trouxe de lá o que eu já disse que trouxe mas não sem antes ajudar o Bogotá. Ficaram lá ainda umas quantas barras de ouro, que conto ver nos próximos episódios. Conseguem uma visão irreal, quase de brincar, pela ilógica, todas empilhadas, alinhadas, perfeitamente distribuídas. Douradíssimas. Contrastam com o corropio do assalto que é feito por pessoas de boa índole. É ficção, penso eu num repente. Mas não, conheço alguns bons malandros.


(Não sei se isto) Continua...

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