terça-feira, 29 de dezembro de 2020

Lisboa, Lisboa

De manhã estava um céu azul e pontilhado de nuvens meio que cinzentas. Ou assim. Dei por mim a pensar «olha, eu antes de mais vi o céu, só depois notei as nuvens». Bom sinal. Parece.

Uma miúda tinha escrito na t-shirt 'cute and' não sei quê. Não sei quê, é certo, assim como é certo que esse 'não sei quê' é algo concordante com 'cute', pois, quando não, seria, no mínimo, ai a porra das vírgulas, estranho.

Pintaram os pés dos candeeiros da avenida. Temos então, e em vez do bordeaux descolorado e descascado, um lindo tom de cerise, que é cereja para os portugueses (o bordeaux não sei traduzir). A cerise, quando a gente a encontra em modo cor, é como que um convite para tornar a cor gráfica na mente, mas sem o grafismo propriamente dito. Estão cutes, os pés. E está ligada, a fonte, correndo a água, que é parável. Dantes, quem ia lá tratar desses botões era um primo afastado que a gente tem, agora não sei.

Chegada ao latim, estou vazia de coisas para vos dizer. O latim diz o mesmo, o que a todos é dirigido, mas desta vez não me disse nada.

A casa azul está a envelhecer. Se fosse uma pessoa, esta casa teria agora uns quarenta anos, que é quando se dá pelos primeiros sinais do amadurecimento das pessoas. Não esotu... ai perdão, estou com isto a dizer que quem é dos trintas não denote já alguns sinais. Não. O que acontece é que a dos quarenta é uam... ai perdão, uma maturidade mais vincada. Amachucada.

E chove em Lisboa, é o que é. Não, eu não estou de chapéu-de-chuva. Chapéu-de-chuva, guarda-chuva. Guarda-sol, chapéu-de-sol. De sombra é que não os há, pois que, dessa, não precisamos de nos resguardar. Ou então ainda ninguém nos convenceu disso (será...?).

Se há lugar de quentura, mesmo que no Inverno, é a avenida Manuel da Maia. Se há outro lugar de quentura, mas em pobre, é a rua Ângela Pinto. Porra, quase apanhei um escaldão.

Vi uns óculos escuros todos giros expostos numa montra. Por giros entenda-se vistosos, que era aliás o adjectivo a ser primeira escolha, mas pronto. É um daqueles artigos que não sei se combina com todas as Ginas que trago comigo. Bom, decerto não combinam com todas elas porque não há nada que combine inteiramente e sem reservas com esta que vos escreve. Tenho sempre a minha vida tão mas tão cheia de perguntas.

É noite. Boa noite. E ainda tão cedo no relógio. Não desespereis, desesperemos, que daqui por trinta dias o tempo de luz solar contará com mais uma hora. É o que diz o povo, e quando o povo fala, ah caraças!

Deixo foto que tirei de manhã. É clique que dei pelo meio das ideias que agrupei neste post e que são d' hoje. É o áco-íis. Isto no principal papel, óbvio, que depois há outros elementos e outras ilações que daí resultam. Ou resultariam. Eu cá, por aqui me páro.

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